Saturday, February 28, 2004
CHEIRO DE LINGÜIÇA NA TOCA
Lesser
Diante dos surpreendentes desenlaces do caso Cruzeiro vs. Cruzeiro, sinto-me compelido a dividir com os leitores – sejam eles torcedores de que time for – algumas observações.
A primeira é que, por mais que eu queira enaltecer o Campeonato Mineiro em razão da liderança americana, trata-se de uma competição periférica de vergonhoso nível técnico.
Qualquer pessoa de bom senso deveria saber que resultados ruins num torneio de preparação qual o Mineiro não querem dizer muita coisa, de tal forma que não existe, nesta ótica, motivo algum para uma crise no Cruzeiro.
Se tudo isso acontecesse com o América, vá lá, eu entenderia. Afinal, trata-se da única competição que somos capazes de vencer.
Mas o Cruzeiro???
Rememoremos...
Os celestes venceram, no ano passado, as duas principais taças de âmbito nacional com um time arrasador. Alex encantou-nos os olhos durante todo o ano e podia contar com um time muitíssimo bem armado pelo melhor técnico em atividade no Brasil. Os títulos vencidos pelo Cruzeiro foram absolutamente merecidos, e todo cruzeirense teve motivos de sobra para levantar as mãos para o céu e prostrar-se mil vezes.
Vamos ser honestos: o time da Toca tem um dos melhores plantéis do mundo, uma estrutura de dar inveja e um centro de treinamento que coloca Teresópolis no chinelo.
No início deste ano, contratou Rivaldo que, controvérsias à parte, é um craque (ou foi) absoluto do futebol. Há os que não gostem dele, e não existe certeza se voltará a exibir um futebol digno de seu nome. Mesmo assim, sua contratação depois de anos e anos de futebol europeu foi histórica e levou-nos (atleticanos e americanos) a temer massacres homéricos.
Mas eis que alguma coisa tenebrosa ronda a Toca da Raposa. Não é, obviamente, nada relacionado ao “bicho” dos jogadores pela conquista do Brasileiro. A diretoria da raposa não é de atrasar salários e, neste sentido, cada membro do elenco dispõe de uma qualidade de vida e profissional non pareil no Brasil.
Também duvido muito que a pendenga tenha qualquer coisa a ver com os resultados no Mineiro. O Cruzeiro pode não estar exibindo um bom futebol – haja vista a pelada contra o Uberaba, mas tem tudo o que precisa para classificar-se entre os quatro e vencer o título sem grandes percalços.
Desta forma, voltemos à pergunta que intriga a todos que acompanham o futebol: que diabos aconteceu ao Cruzeiro?
Bem, não sabemos ao certo e é possível que, tão cedo, não saibamos.
Mas tenho cá o meu palpite.
Sinto cheiro de lingüiça no ar, e acho que a palavra certa para definir tudo o que ocorre é ego.
Duvido muito que a família Perrela, ao contrário do que tenha declarado, esteja isenta dos problemas “do grupo”.
Na constelação cruzeirense, um tal Zezé sempre se considerou o astro-rei, a estrela maior, o inquestionável manda-chuva, o inspetor geral infiltrado.
Mexe seus pauzinhos com maestria e noutro dia conseguiu, por méritos quase exclusivos, trazer o primeiro jogo importante da Seleção em mais de 20 anos para o Mineirão. Se divide os louros com alguém, é só com o nosso governador samba-no-pé.
Sinceramente, quem seria louco o suficiente para escangalhar um time que era apontado por todos como favorito absoluto de qualquer título a ser disputado este ano? Mais importante: quem teria culhões e autoridade para tanto?
Não sei quanto a vocês, mas vendo as tripas expostas do Cruzeiro, só consigo pensar em lingüiça.
E sigo torcendo fervorosamente para que o Alex se desentenda igualmente e abandone a Toca da Raposa.
Senhores, caso o Cruzeiro não consiga vencer nada na temporada de 2004, concordemos, a culpa será exclusivamente cruzeirense.
Fosse eu atleticano e teria motivos de sobra para comprar meu ingresso para o clássico agora mesmo.
Americano, torcerei por um empate sem gols, repleto de cartões, contusões e desentendimentos.
Até lá seguirei rindo com o canto da boca e perguntando aos amigos cruzeirenses: "podem me explicar por favor o que está acontecendo?"
Lesser
Diante dos surpreendentes desenlaces do caso Cruzeiro vs. Cruzeiro, sinto-me compelido a dividir com os leitores – sejam eles torcedores de que time for – algumas observações.
A primeira é que, por mais que eu queira enaltecer o Campeonato Mineiro em razão da liderança americana, trata-se de uma competição periférica de vergonhoso nível técnico.
Qualquer pessoa de bom senso deveria saber que resultados ruins num torneio de preparação qual o Mineiro não querem dizer muita coisa, de tal forma que não existe, nesta ótica, motivo algum para uma crise no Cruzeiro.
Se tudo isso acontecesse com o América, vá lá, eu entenderia. Afinal, trata-se da única competição que somos capazes de vencer.
Mas o Cruzeiro???
Rememoremos...
Os celestes venceram, no ano passado, as duas principais taças de âmbito nacional com um time arrasador. Alex encantou-nos os olhos durante todo o ano e podia contar com um time muitíssimo bem armado pelo melhor técnico em atividade no Brasil. Os títulos vencidos pelo Cruzeiro foram absolutamente merecidos, e todo cruzeirense teve motivos de sobra para levantar as mãos para o céu e prostrar-se mil vezes.
Vamos ser honestos: o time da Toca tem um dos melhores plantéis do mundo, uma estrutura de dar inveja e um centro de treinamento que coloca Teresópolis no chinelo.
No início deste ano, contratou Rivaldo que, controvérsias à parte, é um craque (ou foi) absoluto do futebol. Há os que não gostem dele, e não existe certeza se voltará a exibir um futebol digno de seu nome. Mesmo assim, sua contratação depois de anos e anos de futebol europeu foi histórica e levou-nos (atleticanos e americanos) a temer massacres homéricos.
Mas eis que alguma coisa tenebrosa ronda a Toca da Raposa. Não é, obviamente, nada relacionado ao “bicho” dos jogadores pela conquista do Brasileiro. A diretoria da raposa não é de atrasar salários e, neste sentido, cada membro do elenco dispõe de uma qualidade de vida e profissional non pareil no Brasil.
Também duvido muito que a pendenga tenha qualquer coisa a ver com os resultados no Mineiro. O Cruzeiro pode não estar exibindo um bom futebol – haja vista a pelada contra o Uberaba, mas tem tudo o que precisa para classificar-se entre os quatro e vencer o título sem grandes percalços.
Desta forma, voltemos à pergunta que intriga a todos que acompanham o futebol: que diabos aconteceu ao Cruzeiro?
Bem, não sabemos ao certo e é possível que, tão cedo, não saibamos.
Mas tenho cá o meu palpite.
Sinto cheiro de lingüiça no ar, e acho que a palavra certa para definir tudo o que ocorre é ego.
Duvido muito que a família Perrela, ao contrário do que tenha declarado, esteja isenta dos problemas “do grupo”.
Na constelação cruzeirense, um tal Zezé sempre se considerou o astro-rei, a estrela maior, o inquestionável manda-chuva, o inspetor geral infiltrado.
Mexe seus pauzinhos com maestria e noutro dia conseguiu, por méritos quase exclusivos, trazer o primeiro jogo importante da Seleção em mais de 20 anos para o Mineirão. Se divide os louros com alguém, é só com o nosso governador samba-no-pé.
Sinceramente, quem seria louco o suficiente para escangalhar um time que era apontado por todos como favorito absoluto de qualquer título a ser disputado este ano? Mais importante: quem teria culhões e autoridade para tanto?
Não sei quanto a vocês, mas vendo as tripas expostas do Cruzeiro, só consigo pensar em lingüiça.
E sigo torcendo fervorosamente para que o Alex se desentenda igualmente e abandone a Toca da Raposa.
Senhores, caso o Cruzeiro não consiga vencer nada na temporada de 2004, concordemos, a culpa será exclusivamente cruzeirense.
Fosse eu atleticano e teria motivos de sobra para comprar meu ingresso para o clássico agora mesmo.
Americano, torcerei por um empate sem gols, repleto de cartões, contusões e desentendimentos.
Até lá seguirei rindo com o canto da boca e perguntando aos amigos cruzeirenses: "podem me explicar por favor o que está acontecendo?"
Friday, February 27, 2004
Mas
Billy
Amigos, eu pretendia escrever sobre o quanto a imprensa mineira é atleticana. Ressentida, frustrada e atleticana. Claro, pois plantar uma polêmica na Toca da Raposa, justo na véspera do grande clássico, só pode ser obra de atleticano. Diria também que Alex errou ao tratar publicamente de problemas internos, mas o craque conseguiu o que queria: chamar a atenção e pressionar quem de direito a resolver o problema. Concluiria o texto transferindo, ironicamente ou não, o favoritismo para o Atlético, vice líder do disputado Campeonato Mineiro, que vem de uma longa seqüência de duas vitórias, enquanto o Cruzeiro, virginalmente, apenas empatou em casa com o modestíssimo Uberaba e atravessa uma tempestade em alto mar, com direito a ondas gigantes e trovoadas. Salientaria que não haverá naufrágio, por certo, mas que não duvido que um ou outro jogador possa andar na prancha em breve.
Mas quando eu li o texto do Almir, o Pernambuquinho (é chato de digitar mesmo!), logo aí embaixo, desisti de tudo. Tudo que há para ser dito sobre o futebol, pelo menos por hoje, já está lá. Passo a bola...
Billy
Amigos, eu pretendia escrever sobre o quanto a imprensa mineira é atleticana. Ressentida, frustrada e atleticana. Claro, pois plantar uma polêmica na Toca da Raposa, justo na véspera do grande clássico, só pode ser obra de atleticano. Diria também que Alex errou ao tratar publicamente de problemas internos, mas o craque conseguiu o que queria: chamar a atenção e pressionar quem de direito a resolver o problema. Concluiria o texto transferindo, ironicamente ou não, o favoritismo para o Atlético, vice líder do disputado Campeonato Mineiro, que vem de uma longa seqüência de duas vitórias, enquanto o Cruzeiro, virginalmente, apenas empatou em casa com o modestíssimo Uberaba e atravessa uma tempestade em alto mar, com direito a ondas gigantes e trovoadas. Salientaria que não haverá naufrágio, por certo, mas que não duvido que um ou outro jogador possa andar na prancha em breve.
Mas quando eu li o texto do Almir, o Pernambuquinho (é chato de digitar mesmo!), logo aí embaixo, desisti de tudo. Tudo que há para ser dito sobre o futebol, pelo menos por hoje, já está lá. Passo a bola...
Thursday, February 26, 2004
Almir Morais de Albuquerque
Thales
- É, Billy, por exemplo, o Pernambuquinho.
- Quem?
- Almir, o Pernambuquinho.
- Conheço não.
- Qualquer dia eu boto um post sobre o cara lá no Carrinho. Seu pai morou no Rio, né?
- Sim.
- Pergunta pra ele.
Não cabe a discussão, e nem cheguei a lhe perguntar, mas tenho certeza que até hoje o Billy não foi saber de seu pai quem foi o tal do Pernambuquinho (nome pleonástico diga-se de passagem).
Como não estou fazendo absolutamente nada resolvi escrever o post.
Muito prazer, seu nome de batismo é Almir Morais de Albuquerque.
É muito comum ouvir em programas esportivos alusões à figura de Almir (vou chamá-lo de Almir pois é chato ficar digitando Pernambuquinho, se bem que o que eu gastei digitando para explicar isso dava pra ter escrito Pernambuquinho trinta vezes) como um precursor dos Edmundos da vida, o que nem de longe lhe faz justiça, pois Almir é um desses tipos singulares.
Há alguns posts atrás falei contra a questão das faltas e de leve passei por Júnior Baiano e Anselmo. Estes dois, e tutti quanti, são covardes e desconhecem o significado da palavra hombridade. É esse traço que faz com que Almir seja distinto deles todos. Júnior Baiano tem um take famoso no qual o sujeito está de costas para ele e este lhe aplica o clássico "tapa na oreia"; Anselmo dispensa comentários; e Edmundo, temendo uma humilhação ainda maior, reagiu como uma mocinha violentada diante de Pellegrino do Velez Sarsfield. E digo mais, todos eles são jogadores de colocar o dedo na cara ou de bater e sair correndo. Mas não o Almir, ele não avisava antes e dava olhando no olho, ou ainda, já estava avisando com seu olhar miúdo e vidrado de psicótico em processo de surto, ou se preferirem de grávida dando a luz. Como se dizia antigamente, Almir era homem com "H" maíusculo.
Dizem que era um jogador de um futebol belíssimo, marcado por arrancadas tão explosivas e irrefreáveis quanto seu conturbado temperamento.
Almir chegou à seleção no Vasco, entrou para a história no Santos e virou uma lenda no Flamengo. Só pra citar mais alguns clubes, ainda teve passagens de destaque por Boca Juniors e Fiorentina.
No Vasco, onde teve uma passagem vitoriosa, ganhou projeção nacional e recebeu o apelido de Pelé Branco.
No Santos foi campeão mundial jogando contra o Milan em 1963, quando o time milanês contava com Maldini, Trappatoni e Rivera (os três sendo titulares insofismáveis da squadra azzurra, que por sinal havia vencido o Brasil por 3 tentos a 0 um mês antes da final do mundial, sendo que o Brasil contava com nada menos que 8 jogadores da equipe da Vila), além de dois brasileiros, Amarildo (o Possesso) e Mazzola (campeão do mundo em 58). No estádio San Siro o que se viu foi um passeio de bola da equipe italiana, 4x2. Com dois gols de Amarildo do lado do Milan e dois de Pelé para o Santos. Nesse mesmo jogo Pelé saiu contundido e estava de fora do jogo da volta (no Maracanã) e da terceira partida (caso houvesse), seu substituto imediato era ele, Almir. No segundo jogo, depois de começar perdendo por 2x0, o Santos virou para 4x2. No terceiro jogo (também no Maracanã), o Santos sagrou-se bicampeão mundial graças a um pênalti cavado por Almir e convertido por outrém (que não Pepe, nem Coutinho).
A vida futebolística de Almir foi marcada por verdadeiras batalhas campais (dizem que certa vez Almir andava pela orla de Copacabana após perder um clássico importante, quando de repente dois sujeitos do outro lado da rua puseram-se gritar alguns desaforos trocistas, ao que Almir não teve dúvidas, atravessou a rua e espancou ambos e só não matou um deles porque foi contido pelos passantes), mas a batalha que o tornou uma lenda viva do futebol brasileiro se deu quando ele jogava pelo Flamengo (reza a lenda que foi a maior briga que o Maracanã já viu, o que não é pouca coisa). O dia era 18/12/1966 (Almir não sabia o que era espírito natalino), o jogo era contra o Bangu e valia a decisão do título carioca daquele ano. A partida, que não chegou a ser concluída, foi encerrada quando estava 3x0 para o Bangu (que sobrava em campo). Aos 25 minutos Almir já estava fora de si (mais tarde chegou mesmo a acusar o goleiro rubro-negro de vendido) e não aguentava mais os gritos de olé da modesta torcida do Bangu. Então ele chegou ao seu limite quando viu um bate-boca entre o lateral rubro-negro e Ladeira (do Bangu), este dá um tapa na cara daquele, foi bastante para Almir, "perder na bola ainda vai, mas na porrada não". Almir não hesitou e partiu numa carreira desenfreada para cima de Ladeira, que pressentindo o perigo iminente preferiu sair correndo de Almir, mas o medo do baixinho era tanto que ele não se deu conta que corria para o lado errado (em direção à zaga flamenguista). Itamar, zagueiro que primava pelo vigor físico de um guerreiro zulu, pula em Ladeira e acerta-lhe os dois pés no peito, Almir, que vinha na corrida, chuta a cabeça do outro ainda deitado. Daí pra frente o pau comeu solto entre as duas equipes. Almir, que de todos era disparado o mais feroz combatente, naquela hora encarnava cada um dos mais de cem mil flamenguistas presentes ao estádio, então a torcida em coro maciço e uníssono começa a gritar alucinada, "Almir! Almir! Almir!". Ladeira sai de campo na maca. Depois de muita confusão o técnico do Flamengo consegue retirar Almir do gramado, o único que ainda queria briga. Quando Almir ia descendo o túnel alguém vira e grita pra ele, "Volta, Almir! Acaba de vez com a festa deles!", era tudo que o enfezado Almir precisava ouvir, num pinote deu meia volta e correu em direção ao gramado, o goleiro do Bangu tenta acalmá-lo e vai ao chão com um soco, imediatamente Almir é cercado por seis jogadores do Bangu, sozinho enfrentou os seis, distribuindo socos e chutes em quem se aproximasse, dizem que chegou mesmo a agredir um companheiro de clube que quis controlá-lo. Sangrando muito, mas ainda de pé, batendo e apanhando, Almir é retirado do gramado pela polícia. O juíz encerra o jogo com nove expulsões, cinco do flamengo e quatro do Bangu. Esse jogo, inesquecível para os torcedores do Bangu, deveria ser lembrado como o último título carioca da equipe de Moça Bonita, mas é lembrado, de fato, como o jogo em que Almir, sozinho, bateu em todo time do Bangu. A quem importa quem ficou com o título?
Como não poderia deixar de ser, Almir teve um fim trágico. Morreu em Copacabana (em frente à galeria Alaska) com um tiro numa briga de bar. O ano era 1973.
Thales
- É, Billy, por exemplo, o Pernambuquinho.
- Quem?
- Almir, o Pernambuquinho.
- Conheço não.
- Qualquer dia eu boto um post sobre o cara lá no Carrinho. Seu pai morou no Rio, né?
- Sim.
- Pergunta pra ele.
Não cabe a discussão, e nem cheguei a lhe perguntar, mas tenho certeza que até hoje o Billy não foi saber de seu pai quem foi o tal do Pernambuquinho (nome pleonástico diga-se de passagem).
Como não estou fazendo absolutamente nada resolvi escrever o post.
Muito prazer, seu nome de batismo é Almir Morais de Albuquerque.
É muito comum ouvir em programas esportivos alusões à figura de Almir (vou chamá-lo de Almir pois é chato ficar digitando Pernambuquinho, se bem que o que eu gastei digitando para explicar isso dava pra ter escrito Pernambuquinho trinta vezes) como um precursor dos Edmundos da vida, o que nem de longe lhe faz justiça, pois Almir é um desses tipos singulares.
Há alguns posts atrás falei contra a questão das faltas e de leve passei por Júnior Baiano e Anselmo. Estes dois, e tutti quanti, são covardes e desconhecem o significado da palavra hombridade. É esse traço que faz com que Almir seja distinto deles todos. Júnior Baiano tem um take famoso no qual o sujeito está de costas para ele e este lhe aplica o clássico "tapa na oreia"; Anselmo dispensa comentários; e Edmundo, temendo uma humilhação ainda maior, reagiu como uma mocinha violentada diante de Pellegrino do Velez Sarsfield. E digo mais, todos eles são jogadores de colocar o dedo na cara ou de bater e sair correndo. Mas não o Almir, ele não avisava antes e dava olhando no olho, ou ainda, já estava avisando com seu olhar miúdo e vidrado de psicótico em processo de surto, ou se preferirem de grávida dando a luz. Como se dizia antigamente, Almir era homem com "H" maíusculo.
Dizem que era um jogador de um futebol belíssimo, marcado por arrancadas tão explosivas e irrefreáveis quanto seu conturbado temperamento.
Almir chegou à seleção no Vasco, entrou para a história no Santos e virou uma lenda no Flamengo. Só pra citar mais alguns clubes, ainda teve passagens de destaque por Boca Juniors e Fiorentina.
No Vasco, onde teve uma passagem vitoriosa, ganhou projeção nacional e recebeu o apelido de Pelé Branco.
No Santos foi campeão mundial jogando contra o Milan em 1963, quando o time milanês contava com Maldini, Trappatoni e Rivera (os três sendo titulares insofismáveis da squadra azzurra, que por sinal havia vencido o Brasil por 3 tentos a 0 um mês antes da final do mundial, sendo que o Brasil contava com nada menos que 8 jogadores da equipe da Vila), além de dois brasileiros, Amarildo (o Possesso) e Mazzola (campeão do mundo em 58). No estádio San Siro o que se viu foi um passeio de bola da equipe italiana, 4x2. Com dois gols de Amarildo do lado do Milan e dois de Pelé para o Santos. Nesse mesmo jogo Pelé saiu contundido e estava de fora do jogo da volta (no Maracanã) e da terceira partida (caso houvesse), seu substituto imediato era ele, Almir. No segundo jogo, depois de começar perdendo por 2x0, o Santos virou para 4x2. No terceiro jogo (também no Maracanã), o Santos sagrou-se bicampeão mundial graças a um pênalti cavado por Almir e convertido por outrém (que não Pepe, nem Coutinho).
A vida futebolística de Almir foi marcada por verdadeiras batalhas campais (dizem que certa vez Almir andava pela orla de Copacabana após perder um clássico importante, quando de repente dois sujeitos do outro lado da rua puseram-se gritar alguns desaforos trocistas, ao que Almir não teve dúvidas, atravessou a rua e espancou ambos e só não matou um deles porque foi contido pelos passantes), mas a batalha que o tornou uma lenda viva do futebol brasileiro se deu quando ele jogava pelo Flamengo (reza a lenda que foi a maior briga que o Maracanã já viu, o que não é pouca coisa). O dia era 18/12/1966 (Almir não sabia o que era espírito natalino), o jogo era contra o Bangu e valia a decisão do título carioca daquele ano. A partida, que não chegou a ser concluída, foi encerrada quando estava 3x0 para o Bangu (que sobrava em campo). Aos 25 minutos Almir já estava fora de si (mais tarde chegou mesmo a acusar o goleiro rubro-negro de vendido) e não aguentava mais os gritos de olé da modesta torcida do Bangu. Então ele chegou ao seu limite quando viu um bate-boca entre o lateral rubro-negro e Ladeira (do Bangu), este dá um tapa na cara daquele, foi bastante para Almir, "perder na bola ainda vai, mas na porrada não". Almir não hesitou e partiu numa carreira desenfreada para cima de Ladeira, que pressentindo o perigo iminente preferiu sair correndo de Almir, mas o medo do baixinho era tanto que ele não se deu conta que corria para o lado errado (em direção à zaga flamenguista). Itamar, zagueiro que primava pelo vigor físico de um guerreiro zulu, pula em Ladeira e acerta-lhe os dois pés no peito, Almir, que vinha na corrida, chuta a cabeça do outro ainda deitado. Daí pra frente o pau comeu solto entre as duas equipes. Almir, que de todos era disparado o mais feroz combatente, naquela hora encarnava cada um dos mais de cem mil flamenguistas presentes ao estádio, então a torcida em coro maciço e uníssono começa a gritar alucinada, "Almir! Almir! Almir!". Ladeira sai de campo na maca. Depois de muita confusão o técnico do Flamengo consegue retirar Almir do gramado, o único que ainda queria briga. Quando Almir ia descendo o túnel alguém vira e grita pra ele, "Volta, Almir! Acaba de vez com a festa deles!", era tudo que o enfezado Almir precisava ouvir, num pinote deu meia volta e correu em direção ao gramado, o goleiro do Bangu tenta acalmá-lo e vai ao chão com um soco, imediatamente Almir é cercado por seis jogadores do Bangu, sozinho enfrentou os seis, distribuindo socos e chutes em quem se aproximasse, dizem que chegou mesmo a agredir um companheiro de clube que quis controlá-lo. Sangrando muito, mas ainda de pé, batendo e apanhando, Almir é retirado do gramado pela polícia. O juíz encerra o jogo com nove expulsões, cinco do flamengo e quatro do Bangu. Esse jogo, inesquecível para os torcedores do Bangu, deveria ser lembrado como o último título carioca da equipe de Moça Bonita, mas é lembrado, de fato, como o jogo em que Almir, sozinho, bateu em todo time do Bangu. A quem importa quem ficou com o título?
Como não poderia deixar de ser, Almir teve um fim trágico. Morreu em Copacabana (em frente à galeria Alaska) com um tiro numa briga de bar. O ano era 1973.
Thursday, February 19, 2004
A pérola do Dario
Thales
Gostaria de inaugurar a sessão "A pérola do Dario" (caso um dos outros dois colaboradores queira escolher a sua, que fique à vontade; estou aberto a sugestões de outros nomes também). Sempre impertinente e com comentários pra lá de esdrúxulos, Dario é um show a parte nas transmissões da Globo Minas e creio que mereça ser destacado nesse espaço.
A de ontem foi sobre Edinei (avançado da Catuense que entrou no segundo tempo), após este acertar um belo chute no ângulo e desempatar a partida.
"Esse menino vai longe!"
Nisso a câmera estava focada em Edinei, que esperava o reinicio da partida. O cidadão é, sem sombra de dúvidas, a pessoa mais parecida com o Senhor Madruga que eu já vi na vida. Enquanto eu olhava para Edinei e pensava, "devem ter resgatado esse cara da seleção de masters da Bahia", Dadá entra com a pérola do dia.
Thales
Gostaria de inaugurar a sessão "A pérola do Dario" (caso um dos outros dois colaboradores queira escolher a sua, que fique à vontade; estou aberto a sugestões de outros nomes também). Sempre impertinente e com comentários pra lá de esdrúxulos, Dario é um show a parte nas transmissões da Globo Minas e creio que mereça ser destacado nesse espaço.
A de ontem foi sobre Edinei (avançado da Catuense que entrou no segundo tempo), após este acertar um belo chute no ângulo e desempatar a partida.
"Esse menino vai longe!"
Nisso a câmera estava focada em Edinei, que esperava o reinicio da partida. O cidadão é, sem sombra de dúvidas, a pessoa mais parecida com o Senhor Madruga que eu já vi na vida. Enquanto eu olhava para Edinei e pensava, "devem ter resgatado esse cara da seleção de masters da Bahia", Dadá entra com a pérola do dia.
Saideira
Thales
Assisti o primeiro tempo da partida entre Atlético e Catuense num boteco. Só no intervalo que fui para casa, mas não sem antes ouvir a conversa entre duas pessoas na mesa ao lado.
- Cê viu a entrevista do Romário com o Juca Kfouri semana retrasada?
- Não.
- Perdeu, todo mundo que gosta de futebol deveria ter assistido.
Eu sou da opinião que todo mundo que gosta de futebol deveria saber a diferença entre Jorge Kajuru e Juca Kfouri. Não vejo vantagem nenhuma em saber quem é o Romário e muito menos quais são suas concepções sobre a vida.
***
Quanto ao jogo da seleção só digo que mereceu perder.
Jogo de botar criança pra ninar. Aliás Parreira deveria estar dirigindo um berçario de maternidade, não a seleção brasileira.
No mais recuso-me a comentar 0x0.
Thales
Assisti o primeiro tempo da partida entre Atlético e Catuense num boteco. Só no intervalo que fui para casa, mas não sem antes ouvir a conversa entre duas pessoas na mesa ao lado.
- Cê viu a entrevista do Romário com o Juca Kfouri semana retrasada?
- Não.
- Perdeu, todo mundo que gosta de futebol deveria ter assistido.
Eu sou da opinião que todo mundo que gosta de futebol deveria saber a diferença entre Jorge Kajuru e Juca Kfouri. Não vejo vantagem nenhuma em saber quem é o Romário e muito menos quais são suas concepções sobre a vida.
***
Quanto ao jogo da seleção só digo que mereceu perder.
Jogo de botar criança pra ninar. Aliás Parreira deveria estar dirigindo um berçario de maternidade, não a seleção brasileira.
No mais recuso-me a comentar 0x0.
Wednesday, February 18, 2004
"Lasciate ogni speranza voi chi entrate"
Thales
Nem sei por onde começar. A coisa vai ficando deveras preocupante, ou desesperadora, se já não o era. Quero me concentrar em vários aspectos negativos e em um positivo.
Gostaria de voltar um pouco ao passado, até a época das demissões pra ser mais exato, certas coisas me fogem à compreensão.
A primeira delas foi como mantiveram Michel no elenco. Convenhamos, Michel é o Sandro do mundo bizarro. Independente do gol que ele tenha marcado hoje (que nem foi nada de tão excepcional, mais falha do arqueiro que mérito do batedor (pra não dizer que 5 minutos antes ele teve que bater três escanteios até conseguir colocar a bola próxima à pequena área)), ainda assim conseguiu ser um dos piores em campo; Michel não sabe cruzar (coloquem um fio de naylon marcando o infeliz e ele há de cruzar a bola em cima do maldito fio), não sabe passar, não sabe marcar, não tem tempo de bola, não sabe driblar, é estúpido como uma avestruz, enfim, ineficiente na defesa e improdutivo no apoio, qualquer animal de quatro patas faria mais pela lateral esquerda que Michel. Não me interessa que no próximo jogo Michel faça dois gols e dê três assistências, para mim foi, é, e sempre será o mais desastroso dentre todos que adentrarem o relvado. Confesso que faltam-me adjetivos pejorativos para descrever o futebol de Michel, bem como seus aparentes traços de retardamento mental.
A zaga eu realmente quero me abster de comentar. Quem acompanhou o jogo sabe exatamente do que estou falando, e quem não acompanhou que se dê por satisfeito e tire por base minha indisposição em comentar. Com relação ao comentário do Lessa sobre Roque Júnior no post anterior tudo que posso dizer é seguinte, "eu o quero no meu time".
Na lateral direita tive uma grata surpresa, Carlinhos, cuja pessoa eu nem sabia da existência, diga-se de passagem. Se não prima pela técnica e virtuosismo, pelo menos é prestativo, solidário, aguerrido e mais importante de tudo, não é omisso.
Tucho... o que dizer de Tucho? Não acho que tenha feito uma excelente partida, mas dizer que esteve sofrível também não lhe faria justiça. Tucho foi simplesmente Tucho, esse é o seu futebol, não mais que isso, e tende a decair na justa medida em que o nível dos adversários aumentar. Tucho tem a estatura e a força física de um fugitivo da seca, nele o uniforme do Atlético mais parecia um quimono de judoca, para compensar essa deficiência estrutural seu futebol teria que ir muito além do que algumas enfiadas de bola e três finalizações em gol. Esse é mais um dos aspectos que me escapa ao entendimento, como pode o cidadão passar de figura dispensável no elenco a camisa 10 da equipe? Tucho foi dispensado junto com os demais, depois de um mês e pouco decidiram que ele poderia ajudar a compor o plantel (carente de armadores) e no início da temporada me aparece como o principal organizador das jogadas, desnecessário dizer que falta sal nesse feijão.
Por fim, Alex Mineiro, achei que esse rapaz tinha se curado da sífilis. Vejo que o departamento médico do Atlético Paranaense deixou a desejar. Como é possível fazer tudo de maneira tão equivocada? Nem vou comentar nada de seu futebol medonho (bem como o de Sergipano); ao menos fiquei satisfeito do técnico Bonamigo tê-lo sacado do time; e é a substituição, ou melhor, o fato que se deu justamente antes dela que acho digno de comentário, segundos antes de entrar em campo, Quirino (que substituiria Alex Mineiro), foi perguntado pelo repórter de campo sobre qual seria seu papel tático na partida, ao que ele respondeu, "nenhum, o professor só pediu pra fazer a movimentação no ataque", ou seja, Bonamigo não queria um jogador que entrasse com uma função específica, só queria alguém que se mexesse, mais nada, a troca da samambaia pelo João Bobo. Deixo aqui a sugestão para que a diretoria do Atlético instale alguns pontos de bonde nas laterais do gramado, só pro Alex ter algum referencial em campo.
Mesmo com tudo isso devo dizer que o Atlético não mereceu sair de campo derrotado, ainda mais por um placar tão expressivo, não foi nem de longe a pior partida da temporada.
Thales
Nem sei por onde começar. A coisa vai ficando deveras preocupante, ou desesperadora, se já não o era. Quero me concentrar em vários aspectos negativos e em um positivo.
Gostaria de voltar um pouco ao passado, até a época das demissões pra ser mais exato, certas coisas me fogem à compreensão.
A primeira delas foi como mantiveram Michel no elenco. Convenhamos, Michel é o Sandro do mundo bizarro. Independente do gol que ele tenha marcado hoje (que nem foi nada de tão excepcional, mais falha do arqueiro que mérito do batedor (pra não dizer que 5 minutos antes ele teve que bater três escanteios até conseguir colocar a bola próxima à pequena área)), ainda assim conseguiu ser um dos piores em campo; Michel não sabe cruzar (coloquem um fio de naylon marcando o infeliz e ele há de cruzar a bola em cima do maldito fio), não sabe passar, não sabe marcar, não tem tempo de bola, não sabe driblar, é estúpido como uma avestruz, enfim, ineficiente na defesa e improdutivo no apoio, qualquer animal de quatro patas faria mais pela lateral esquerda que Michel. Não me interessa que no próximo jogo Michel faça dois gols e dê três assistências, para mim foi, é, e sempre será o mais desastroso dentre todos que adentrarem o relvado. Confesso que faltam-me adjetivos pejorativos para descrever o futebol de Michel, bem como seus aparentes traços de retardamento mental.
A zaga eu realmente quero me abster de comentar. Quem acompanhou o jogo sabe exatamente do que estou falando, e quem não acompanhou que se dê por satisfeito e tire por base minha indisposição em comentar. Com relação ao comentário do Lessa sobre Roque Júnior no post anterior tudo que posso dizer é seguinte, "eu o quero no meu time".
Na lateral direita tive uma grata surpresa, Carlinhos, cuja pessoa eu nem sabia da existência, diga-se de passagem. Se não prima pela técnica e virtuosismo, pelo menos é prestativo, solidário, aguerrido e mais importante de tudo, não é omisso.
Tucho... o que dizer de Tucho? Não acho que tenha feito uma excelente partida, mas dizer que esteve sofrível também não lhe faria justiça. Tucho foi simplesmente Tucho, esse é o seu futebol, não mais que isso, e tende a decair na justa medida em que o nível dos adversários aumentar. Tucho tem a estatura e a força física de um fugitivo da seca, nele o uniforme do Atlético mais parecia um quimono de judoca, para compensar essa deficiência estrutural seu futebol teria que ir muito além do que algumas enfiadas de bola e três finalizações em gol. Esse é mais um dos aspectos que me escapa ao entendimento, como pode o cidadão passar de figura dispensável no elenco a camisa 10 da equipe? Tucho foi dispensado junto com os demais, depois de um mês e pouco decidiram que ele poderia ajudar a compor o plantel (carente de armadores) e no início da temporada me aparece como o principal organizador das jogadas, desnecessário dizer que falta sal nesse feijão.
Por fim, Alex Mineiro, achei que esse rapaz tinha se curado da sífilis. Vejo que o departamento médico do Atlético Paranaense deixou a desejar. Como é possível fazer tudo de maneira tão equivocada? Nem vou comentar nada de seu futebol medonho (bem como o de Sergipano); ao menos fiquei satisfeito do técnico Bonamigo tê-lo sacado do time; e é a substituição, ou melhor, o fato que se deu justamente antes dela que acho digno de comentário, segundos antes de entrar em campo, Quirino (que substituiria Alex Mineiro), foi perguntado pelo repórter de campo sobre qual seria seu papel tático na partida, ao que ele respondeu, "nenhum, o professor só pediu pra fazer a movimentação no ataque", ou seja, Bonamigo não queria um jogador que entrasse com uma função específica, só queria alguém que se mexesse, mais nada, a troca da samambaia pelo João Bobo. Deixo aqui a sugestão para que a diretoria do Atlético instale alguns pontos de bonde nas laterais do gramado, só pro Alex ter algum referencial em campo.
Mesmo com tudo isso devo dizer que o Atlético não mereceu sair de campo derrotado, ainda mais por um placar tão expressivo, não foi nem de longe a pior partida da temporada.
O POVO CONTRA ROQUE JÚNIOR
Não é novidade: já estou torcendo contra há muito tempo.
Especialmente quando o time tem Roque Júnior e Lúcio na zaga, aqueles dois toscos completos.
Roque Júnior, em especial, consegue se superar. Surpreende a cada jogo. Num time de apagados, é o pior disparado. Joga contra a própria meta e é natural que o Leeds – time para o qual ele jogou até pouco tempo atrás – fosse lanterna absoluto do campeonato inglês.
Entre furadas, passes cavernosos e faltas desnecessárias, o camarada só me certifica de que o técnico Chupa Ovo não vê o mesmo jogo que eu.
E ainda tem o Lúcio pra arredondar o pesadelo.
É claro, sempre vem aquela perguntinha ordinária: “Mas quem você colocaria no lugar deles?” Sei lá. Qualquer beque.
Particularmente, não gosto do Dracena, mas ele é MUITO melhor do que qualquer um dos dois. Alex, idem. Sinceramente, em jogos como o de hoje, chego a pensar que eu jogo melhor do que o Roque Júnior.
Mas vou parar com isso e testar a minha paciência comentando a partida em si.
Ruim. Péssima de se ver (o que também não constitui novidade). O time da Irlanda é uma merda, e mesmo assim teve as chances mais claras de gol. O Brasil, como sempre, ficou a depender de uma genialidade fortuita.
Cansei de genialidades fortuitas. Às favas com esse time! Se quisesse ver três ou quatro jogadas de efeito durante um jogo, eu me contentaria com um compacto.
Pronto, cansei de falar sobre o jogo. Vocês já conhecem bem essa história.
E agora, pra finalizar: aposto uma caixa de cervejas com quem quiser que, com Lúcio e Roque Júnior, o Brasil vai perder do Paraguai em Assunção. Com Lúcio e Roque Júnior, aposto três, TRÊS caixas de cerveja que o Brasil vai passar vergonha no Mineirão contra a Argentina.
E esgotou-se toda e qualquer paciência pra falar de seleção.
Ódio, meus amigos. Tenho ódio dessa palhaçada toda. Prefiro sobremaneira falar sobre o América.
Não é novidade: já estou torcendo contra há muito tempo.
Especialmente quando o time tem Roque Júnior e Lúcio na zaga, aqueles dois toscos completos.
Roque Júnior, em especial, consegue se superar. Surpreende a cada jogo. Num time de apagados, é o pior disparado. Joga contra a própria meta e é natural que o Leeds – time para o qual ele jogou até pouco tempo atrás – fosse lanterna absoluto do campeonato inglês.
Entre furadas, passes cavernosos e faltas desnecessárias, o camarada só me certifica de que o técnico Chupa Ovo não vê o mesmo jogo que eu.
E ainda tem o Lúcio pra arredondar o pesadelo.
É claro, sempre vem aquela perguntinha ordinária: “Mas quem você colocaria no lugar deles?” Sei lá. Qualquer beque.
Particularmente, não gosto do Dracena, mas ele é MUITO melhor do que qualquer um dos dois. Alex, idem. Sinceramente, em jogos como o de hoje, chego a pensar que eu jogo melhor do que o Roque Júnior.
Mas vou parar com isso e testar a minha paciência comentando a partida em si.
Ruim. Péssima de se ver (o que também não constitui novidade). O time da Irlanda é uma merda, e mesmo assim teve as chances mais claras de gol. O Brasil, como sempre, ficou a depender de uma genialidade fortuita.
Cansei de genialidades fortuitas. Às favas com esse time! Se quisesse ver três ou quatro jogadas de efeito durante um jogo, eu me contentaria com um compacto.
Pronto, cansei de falar sobre o jogo. Vocês já conhecem bem essa história.
E agora, pra finalizar: aposto uma caixa de cervejas com quem quiser que, com Lúcio e Roque Júnior, o Brasil vai perder do Paraguai em Assunção. Com Lúcio e Roque Júnior, aposto três, TRÊS caixas de cerveja que o Brasil vai passar vergonha no Mineirão contra a Argentina.
E esgotou-se toda e qualquer paciência pra falar de seleção.
Ódio, meus amigos. Tenho ódio dessa palhaçada toda. Prefiro sobremaneira falar sobre o América.
Tropeço (Cruzeiro 1x1 Santos Laguna)
Billy
Empatamos com um time que eu nem sabia que existia, apesar de acompanhar fanaticamente o futebol há mais 20 anos.
Rivaldo começa a freqüentar os meus pesadelos mais sombrios. Vejo, nitidamente o jogador com sua cara de pedreiro, trajando a camisa de Marcelo Ramos (quando faço essa comparação, saliento que não gosto nem nunca gostei do Marcelo Ramos, a despeito dos gols decisivos que marcou), tocando a bola para trás e matando TODOS os contra ataques. Ao menos, o próprio jogador reconhece que jogou mal. Muito mal. A humildade e o senso crítico ajudam mas não salvam.
Guilherme. Bem, o que dizer de um ex-atleticano que rasteja em campo? O gol que marcou não o redime de uma atuação tão apagada.
Alex nunca foi tão pouco Alex. Não brilhou como sempre, mas goza de crédito de sobra com a torcida e, mesmo quando joga mal, “carimba” as melhores jogadas do escrete. Abel Braga, treinador do Flamengo, deveria estar numa camisa de força numa hora dessas. Dizer que o Felipe é melhor que o Alex é uma insanidade. Felipe nunca ganhou nada e vive de altos e baixos (mais baixos que altos).
E graças ao goleiro Gomes não perdemos o jogo.
Enfim, as coisas não deram certo. E o time mexicano surpreendeu pela qualidade. Nada disso porém, abala nossa fé de campeão. O boe me lembrou de um ponto importante. No dia 18 de fevereiro do ano passado, ninguém diria que o Cruzeiro seria a máquina que foi. É preciso dar tempo para as coisas se encaixarem.
Hoje tem amistoso da seleção brasileira. Deixo os comentários pra algum vagabundo que não trabalha, que poderá assistir o jogo pela TV. Tentarei “ver” o jogo pela Internet. Uh!
Billy
Empatamos com um time que eu nem sabia que existia, apesar de acompanhar fanaticamente o futebol há mais 20 anos.
Rivaldo começa a freqüentar os meus pesadelos mais sombrios. Vejo, nitidamente o jogador com sua cara de pedreiro, trajando a camisa de Marcelo Ramos (quando faço essa comparação, saliento que não gosto nem nunca gostei do Marcelo Ramos, a despeito dos gols decisivos que marcou), tocando a bola para trás e matando TODOS os contra ataques. Ao menos, o próprio jogador reconhece que jogou mal. Muito mal. A humildade e o senso crítico ajudam mas não salvam.
Guilherme. Bem, o que dizer de um ex-atleticano que rasteja em campo? O gol que marcou não o redime de uma atuação tão apagada.
Alex nunca foi tão pouco Alex. Não brilhou como sempre, mas goza de crédito de sobra com a torcida e, mesmo quando joga mal, “carimba” as melhores jogadas do escrete. Abel Braga, treinador do Flamengo, deveria estar numa camisa de força numa hora dessas. Dizer que o Felipe é melhor que o Alex é uma insanidade. Felipe nunca ganhou nada e vive de altos e baixos (mais baixos que altos).
E graças ao goleiro Gomes não perdemos o jogo.
Enfim, as coisas não deram certo. E o time mexicano surpreendeu pela qualidade. Nada disso porém, abala nossa fé de campeão. O boe me lembrou de um ponto importante. No dia 18 de fevereiro do ano passado, ninguém diria que o Cruzeiro seria a máquina que foi. É preciso dar tempo para as coisas se encaixarem.
Hoje tem amistoso da seleção brasileira. Deixo os comentários pra algum vagabundo que não trabalha, que poderá assistir o jogo pela TV. Tentarei “ver” o jogo pela Internet. Uh!
A Volta do Boêmio (e não me refiro a atuação de Guilherme) ou, não quero falar do Atlético
Dizem por aí que futebol e religião não se misturam, o que não chega a ser uma verdade. Em 24 anos de Magalhães Pinto já vi coisas que fariam o próprio Cristo corar por não ter feito mais que transmutar a água em vinho.
E podem perguntar a qualquer atleticano de Praça Sete se ele tem confiança ou fé no atual elenco da equipe.
Mas esse não é meu ponto. Minha cisma com o cristianismo não passa pelo milagre, o cordão umbilical é cortado logo na raiz, pra ser mais exato na culpa (jesuíta é foda, claro que no mau sentido).
Pra ser honesto, e envergonho-me de dizer, faz uns dois anos que não jogo bola, por jogar bola quero dizer uma pelada séria (se é que me faço entender). Três contra três, gol a gol, ou paulistinha bêbado em churrasco não é jogar bola. Desde que comecei a levar uma vida sedentária fui progressivamente abandonando os campos, coisa que sempre amei fazer mais que tudo nesse mundo (até a descoberta do sexo, apesar de eu achar que algumas trepadas não valem nem um tiro de meta). Coisa que se deve a uma conjectura de fatores, à medida em que o pessoal fica mais velho os horários passam a não mais coincidir, antes todo mundo estudava de manhã ou à tarde e qualquer dia era dia de pelada, hoje as peladas concentraram-se nos sábados ou em horários pouco ortodoxos, como quinta-feira às 23:30. Nos sábados não há a menor condição, por vezes não tenho forças sequer pra sair da cama antes de 3 da tarde, e se durante à noite foi uma caixa de Brahma, então, meu caro, cago mole até o domingo (acho particularmente desagradável parar no início de um pique porque talvez haja a possibilidade de eu ter molhado a cueca na parte de trás, sem contar a vista turva acompanhada da sensação de desmaio).
Hoje vi um sujeito na faculdade com a camisa 9 da Fiorentina, não é a primeira vez que o vejo com essa camisa, e já o vi antes com outras, não me recordo se do Manchester ou do Bayern, e com outras ainda, nunca olho muito fixamente e me atento aos detalhes pelo fato de ele ser paralítico, tolamente sempre me constranjo. Mas hoje não, enquanto passava por ele pensei, "esse cara daria o braço esquerdo só por uma hora de pelada, só pelo prazer de meter uma caneta num João e arrematar de maneira inapelável no ângulo superior esquerdo", e de imediato me senti culpado por não fazer uso de minhas pernas, eu deveria usar quatro pernas, as minhas e as dele, "eu deveria estar no lugar dele", "eu deveria fazer algo por ele", a culpa cristã então me alumia e expurga o sedentário que desperdiça o dia de sábado sentado na privada. Eu sou mais um atleta de Cristo.
Dizem por aí que futebol e religião não se misturam, o que não chega a ser uma verdade. Em 24 anos de Magalhães Pinto já vi coisas que fariam o próprio Cristo corar por não ter feito mais que transmutar a água em vinho.
E podem perguntar a qualquer atleticano de Praça Sete se ele tem confiança ou fé no atual elenco da equipe.
Mas esse não é meu ponto. Minha cisma com o cristianismo não passa pelo milagre, o cordão umbilical é cortado logo na raiz, pra ser mais exato na culpa (jesuíta é foda, claro que no mau sentido).
Pra ser honesto, e envergonho-me de dizer, faz uns dois anos que não jogo bola, por jogar bola quero dizer uma pelada séria (se é que me faço entender). Três contra três, gol a gol, ou paulistinha bêbado em churrasco não é jogar bola. Desde que comecei a levar uma vida sedentária fui progressivamente abandonando os campos, coisa que sempre amei fazer mais que tudo nesse mundo (até a descoberta do sexo, apesar de eu achar que algumas trepadas não valem nem um tiro de meta). Coisa que se deve a uma conjectura de fatores, à medida em que o pessoal fica mais velho os horários passam a não mais coincidir, antes todo mundo estudava de manhã ou à tarde e qualquer dia era dia de pelada, hoje as peladas concentraram-se nos sábados ou em horários pouco ortodoxos, como quinta-feira às 23:30. Nos sábados não há a menor condição, por vezes não tenho forças sequer pra sair da cama antes de 3 da tarde, e se durante à noite foi uma caixa de Brahma, então, meu caro, cago mole até o domingo (acho particularmente desagradável parar no início de um pique porque talvez haja a possibilidade de eu ter molhado a cueca na parte de trás, sem contar a vista turva acompanhada da sensação de desmaio).
Hoje vi um sujeito na faculdade com a camisa 9 da Fiorentina, não é a primeira vez que o vejo com essa camisa, e já o vi antes com outras, não me recordo se do Manchester ou do Bayern, e com outras ainda, nunca olho muito fixamente e me atento aos detalhes pelo fato de ele ser paralítico, tolamente sempre me constranjo. Mas hoje não, enquanto passava por ele pensei, "esse cara daria o braço esquerdo só por uma hora de pelada, só pelo prazer de meter uma caneta num João e arrematar de maneira inapelável no ângulo superior esquerdo", e de imediato me senti culpado por não fazer uso de minhas pernas, eu deveria usar quatro pernas, as minhas e as dele, "eu deveria estar no lugar dele", "eu deveria fazer algo por ele", a culpa cristã então me alumia e expurga o sedentário que desperdiça o dia de sábado sentado na privada. Eu sou mais um atleta de Cristo.
Thursday, February 12, 2004
ABRAÇADOS!!
Billy
Confortavelmente, Americano de Campos e Vasco da Gama, times de Eduardo Viana (Caixa D’água) e Eurico Miranda, empataram por 0x0, na noite de quarta feira. O empate classificou as duas equipes para as semifinais da Taça Guanabara. Caso houvesse vitória de um dos clubes, o Botafogo, que venceu o seu jogo, ficaria com a vaga da equipe eventualmente derrotada no “clássico dos compadres”. O placar inicial já beneficiava os dois clubes.
Que belo jogo de futebol deve ter sido!!
Billy
Confortavelmente, Americano de Campos e Vasco da Gama, times de Eduardo Viana (Caixa D’água) e Eurico Miranda, empataram por 0x0, na noite de quarta feira. O empate classificou as duas equipes para as semifinais da Taça Guanabara. Caso houvesse vitória de um dos clubes, o Botafogo, que venceu o seu jogo, ficaria com a vaga da equipe eventualmente derrotada no “clássico dos compadres”. O placar inicial já beneficiava os dois clubes.
Que belo jogo de futebol deve ter sido!!
Wednesday, February 11, 2004
E O CRUZEIRO JÁ DISPARA!
Billy
É bem verdade que o time ainda não convenceu. Mas a vitória por 3x1 sobre o Universidad Concepción, em território chileno, foi importantíssima para a campanha celeste, já que deixa o time numa posição confortável em seu grupo.
O ex-frango/galinha Guilherme continua sem jogar nada. Já merece esquentar um banquinho, seja para a entrada de Jussiê ou de Lima.
Rivaldo continua sem se destacar, muito embora no jogo de ontem tenha se soltado um pouco mais. Acho que seu posicionamento pela direita é equivocado, pois, jogando por ali, tende a trazer o jogo para o meio. Entendo que a melhor posição para o penta é pela esquerda, bem adiantado, jogando próximo ao gol, como fazia no Barcelona.
Os destaques da partida foram Wendell, que me surpreende a cada jogo e, obviamente Alex, autor de um gol que merecia ser exposto no Louvre (ao lado de La Gioconda) ou em algum outro museu de escol.
Súplica final: Luxemburgo, Alex Dias não dá! Pelo amor de Deus!!!
Billy
É bem verdade que o time ainda não convenceu. Mas a vitória por 3x1 sobre o Universidad Concepción, em território chileno, foi importantíssima para a campanha celeste, já que deixa o time numa posição confortável em seu grupo.
O ex-frango/galinha Guilherme continua sem jogar nada. Já merece esquentar um banquinho, seja para a entrada de Jussiê ou de Lima.
Rivaldo continua sem se destacar, muito embora no jogo de ontem tenha se soltado um pouco mais. Acho que seu posicionamento pela direita é equivocado, pois, jogando por ali, tende a trazer o jogo para o meio. Entendo que a melhor posição para o penta é pela esquerda, bem adiantado, jogando próximo ao gol, como fazia no Barcelona.
Os destaques da partida foram Wendell, que me surpreende a cada jogo e, obviamente Alex, autor de um gol que merecia ser exposto no Louvre (ao lado de La Gioconda) ou em algum outro museu de escol.
Súplica final: Luxemburgo, Alex Dias não dá! Pelo amor de Deus!!!
Tuesday, February 10, 2004
De como o futebol deveria ser praticado
Thales
Antes de mais nada devo dizer que muito provavelmente serei malhado como um Judas de sábado de aleluia, como diria o cronista, pelo post que segue abaixo.
Confesso que não tive acesso à ficha técnica completa do clássico entre América e Cruzeiro. Mas ouvi dizer que a equipe americana fez mais de 40 faltas durante toda partida, número astronômico e impensável até para um jogo da Copa Itatiaia.
Ao ouvir essa informação, de pronto surgiu em minha cabeça, como que num slide, a tela da ESPN constando os números do primeiro tempo de uma partida disputada entre Manchester United e Deportivo La Coruña pela Liga dos Campeões do ano retrasado, se não me engano. A equipe do Manchester havia feito duas faltas e o La Coruña exatamente o dobro. 45 minutos e uns quebrados de futebol, seis faltas. É assim que o futebol deveria ser jogado. É um argumento esdrúxulo dizer que um time precisa bater para ser competitivo, e tanto La Coruña quanto Manchester são equipes que possuem jogadores de grande força física.
Dirão alguns que a falta é recurso do jogo, pode até ser, apesar de eu considerar uma contradição per se, o anti-jogo (haja vista que um time impede o outro de progredir) ser tido como recurso do próprio jogo. O time jogar recuado é uma coisa, isso sim é um recurso do jogo. Por exemplo, o América é tecnicamente inferior ao Cruzeiro, porém possui uma equipe jovem e veloz, nada mais acertado que armar um time, que fez dois coletivos apenas, com um posicionamento defensivo e explorar as jogadas rápidas de contra-ataque, mas daí a fazer mais de 40 faltas vai uma diferença oceânica (merecidamente o América tomou dois gols de bola parada).
O único aspecto positivo nisso é que os cruzeirenses viram exatamente o que é jogar contra a equipe do Felipão, que enquanto dirigiu o time da toca tudo que fez foi mandar brecar as jogadas com faltas. E os cruzeirenses, com raras exceções, diziam à la Cléber Bambam que a falta faz parte.
A máxima de meu argumento concentra-se na figura de Anselmo, jogador do Flamengo que, na final da Libertadores de 81 contra o Cobreloa, entrou em campo substituindo Nunes com a finalidade única e exclusiva de acertar um soco no jogador Mario de Soto, e o pôs a nocaute com um golpe. Creio que um cidadão com um mínimo de bom senso e polidez há de concordar que não se trata de um recurso do jogo. O regulamento fala alguma coisa sobre jogadores portarem facas em campo?, se assim o fosse, no clássico do ano passado, Genalvo poderia ter sido sacrificado com um cartão vermelho ao abrir o bucho de Alex com uma peixeira, ou mesmo partir sua tíbia em 3 pedaços, sendo que um deles estaria à mostra (e muito provavelmente, Edu Dracena, revoltado e soltando espuma pelos dois cantos da boca, iria quebrar a perna de algum cabeça de bagre e igualar o número de expulsões). Da estirpe de Anselmo há aos montes (apesar de ele ser insuperável), desdo lendário Procópio Cardoso até Júnior Baiano, que, diga-se de passagem, deveria jogar de havaianas e nas transmissões televisivas aparecer o tempo todo com uma tarja preta nos olhos.
Queria também deixar claro que, em minha opinião, qualquer falta em que um jogador claramente não vise a bola e acerte o adversário, esse deveria imediatamente ser retirado de campo, podendo ou não sair escoltado pela polícia até a D.P mais próxima.
Mau caratismos à parte quero lançar meus olhar sobre outro tipo de jogador, perfeitamente ilustrado na figura de Augusto Recife (na polêmica Fábio Mello sou mil vezes mais o do parêntese), por mim jamais terminaria uma partida em campo, ele faz repetidas faltas que não atentam contra a integridade física do companheiro de profissão, mas e daí?, lesando ou não o adversário ele está sistematicamente parando jogadas que poderiam decidir o resultado de uma partida, nos números finais o sujeito fez muito mais de dez faltas, não raro 3 num intervalo de 2 minutos, e pior, às vezes sai de campo sem receber sequer um cartão amarelo, tudo graças à cara de coitado arrependido, parece um menino órfão que apanha da tia de contos de fada, até hoje não sei como após fazer uma falta um juiz não tenha lhe dado, não um cartão amarelo, mas um trocado depois.
Thales
Antes de mais nada devo dizer que muito provavelmente serei malhado como um Judas de sábado de aleluia, como diria o cronista, pelo post que segue abaixo.
Confesso que não tive acesso à ficha técnica completa do clássico entre América e Cruzeiro. Mas ouvi dizer que a equipe americana fez mais de 40 faltas durante toda partida, número astronômico e impensável até para um jogo da Copa Itatiaia.
Ao ouvir essa informação, de pronto surgiu em minha cabeça, como que num slide, a tela da ESPN constando os números do primeiro tempo de uma partida disputada entre Manchester United e Deportivo La Coruña pela Liga dos Campeões do ano retrasado, se não me engano. A equipe do Manchester havia feito duas faltas e o La Coruña exatamente o dobro. 45 minutos e uns quebrados de futebol, seis faltas. É assim que o futebol deveria ser jogado. É um argumento esdrúxulo dizer que um time precisa bater para ser competitivo, e tanto La Coruña quanto Manchester são equipes que possuem jogadores de grande força física.
Dirão alguns que a falta é recurso do jogo, pode até ser, apesar de eu considerar uma contradição per se, o anti-jogo (haja vista que um time impede o outro de progredir) ser tido como recurso do próprio jogo. O time jogar recuado é uma coisa, isso sim é um recurso do jogo. Por exemplo, o América é tecnicamente inferior ao Cruzeiro, porém possui uma equipe jovem e veloz, nada mais acertado que armar um time, que fez dois coletivos apenas, com um posicionamento defensivo e explorar as jogadas rápidas de contra-ataque, mas daí a fazer mais de 40 faltas vai uma diferença oceânica (merecidamente o América tomou dois gols de bola parada).
O único aspecto positivo nisso é que os cruzeirenses viram exatamente o que é jogar contra a equipe do Felipão, que enquanto dirigiu o time da toca tudo que fez foi mandar brecar as jogadas com faltas. E os cruzeirenses, com raras exceções, diziam à la Cléber Bambam que a falta faz parte.
A máxima de meu argumento concentra-se na figura de Anselmo, jogador do Flamengo que, na final da Libertadores de 81 contra o Cobreloa, entrou em campo substituindo Nunes com a finalidade única e exclusiva de acertar um soco no jogador Mario de Soto, e o pôs a nocaute com um golpe. Creio que um cidadão com um mínimo de bom senso e polidez há de concordar que não se trata de um recurso do jogo. O regulamento fala alguma coisa sobre jogadores portarem facas em campo?, se assim o fosse, no clássico do ano passado, Genalvo poderia ter sido sacrificado com um cartão vermelho ao abrir o bucho de Alex com uma peixeira, ou mesmo partir sua tíbia em 3 pedaços, sendo que um deles estaria à mostra (e muito provavelmente, Edu Dracena, revoltado e soltando espuma pelos dois cantos da boca, iria quebrar a perna de algum cabeça de bagre e igualar o número de expulsões). Da estirpe de Anselmo há aos montes (apesar de ele ser insuperável), desdo lendário Procópio Cardoso até Júnior Baiano, que, diga-se de passagem, deveria jogar de havaianas e nas transmissões televisivas aparecer o tempo todo com uma tarja preta nos olhos.
Queria também deixar claro que, em minha opinião, qualquer falta em que um jogador claramente não vise a bola e acerte o adversário, esse deveria imediatamente ser retirado de campo, podendo ou não sair escoltado pela polícia até a D.P mais próxima.
Mau caratismos à parte quero lançar meus olhar sobre outro tipo de jogador, perfeitamente ilustrado na figura de Augusto Recife (na polêmica Fábio Mello sou mil vezes mais o do parêntese), por mim jamais terminaria uma partida em campo, ele faz repetidas faltas que não atentam contra a integridade física do companheiro de profissão, mas e daí?, lesando ou não o adversário ele está sistematicamente parando jogadas que poderiam decidir o resultado de uma partida, nos números finais o sujeito fez muito mais de dez faltas, não raro 3 num intervalo de 2 minutos, e pior, às vezes sai de campo sem receber sequer um cartão amarelo, tudo graças à cara de coitado arrependido, parece um menino órfão que apanha da tia de contos de fada, até hoje não sei como após fazer uma falta um juiz não tenha lhe dado, não um cartão amarelo, mas um trocado depois.
Sunday, February 08, 2004
Cruzeiro 2 x 2 América - Ei, Juiz, vai tomar no cu!
Billy
Errar impedimentos, marcação de faltas e pênaltis, critério para aplicação de cartões é normal. É do ser humano o erro. Tirem o fator humano do futebol e acabou-se.
A interferência do Sr. Autoridade Máxima no clássico de sábado, porém, foi mais sentida no campo emocional e no sobrenatural. A despeito de ter sido um péssimo árbitro. Logo no início da partida, num lance de ataque dos azuis em que o Juiz apitou uma porcaria qualquer, Alex reclamou de forma ostensiva. Balançava o cabeção e agitava os braços.
Vossa Excelência, sentindo-se questionado, atirou-se na direção de Alex e passou-lhe um pito. Com o peito inchado e o dedo em riste, contra um amuado Alex, ali, o Sr. Alicio Pena Júnior, naquele momento, nos tirou a vitória. Da arquibancada, pude escutar o Juiz gritar com veemência para Alex: “PODEM JOGAR O QUANTO QUISEREM, HOJE VOCÊS NÃO GANHAM!” Ele não quis dizer que impediria ele mesmo a vitória celeste, apenas rogou uma praga. Dessas que pegam forte. Tivesse aplicado um cartão amarelo no craque cruzeirense, teria feito menos mal à equipe.
Ferido em sua autoconfiança, já que foi humilhado em frente à sua própria torcida, Alex não foi o craque de sempre. Sentiu-se como se tivesse apanhado na frente da namorada. O soldado luta até sem um dos olhos, mas sem sua confiança, é incapaz de bater um reles tiro de meta. E o resto da equipe, sentindo os efeitos do feitiço lançado pelo insubornável, não apresentou um bom futebol, novamente.
Não ganhamos. E me sinto como se tivéssemos perdido. O melancólico empate do Galo contra o MST, digo URT, aliviou um pouco a barra.
Jussiê e Dracena, expulsos com toda a justiça, devem ser punidos de forma exemplar pela comissão técnica. Maldonado ganha cada vez mais o lugar entre os preferidos da torcida. É um verdadeiro leão no meio campo.
O jogo em si foi emocionante. Quem esteve no Magalhães Pinto assistiu a um verdadeiro combate, eletrizante até o último lance. O Cruzeiro poderia ter vencido, da mesma forma que poderia ter perdido. O jogo foi igual a uma corrida de Fórmula 1 repleta de acidentes. Quatro gols, 5 cartões vermelhos e muitos lances polêmicos. No critério técnico, o Juiz foi o pior em campo.
É impressionante o nº de faltas que faz esse time do América!
Terça feira, às 19:30, hora daqui, o campeão brasileiro enfrenta um pescador pela Libertadores. Um tal de Universidad Concepción. Espero uma vitória e nada mais.
Billy
Errar impedimentos, marcação de faltas e pênaltis, critério para aplicação de cartões é normal. É do ser humano o erro. Tirem o fator humano do futebol e acabou-se.
A interferência do Sr. Autoridade Máxima no clássico de sábado, porém, foi mais sentida no campo emocional e no sobrenatural. A despeito de ter sido um péssimo árbitro. Logo no início da partida, num lance de ataque dos azuis em que o Juiz apitou uma porcaria qualquer, Alex reclamou de forma ostensiva. Balançava o cabeção e agitava os braços.
Vossa Excelência, sentindo-se questionado, atirou-se na direção de Alex e passou-lhe um pito. Com o peito inchado e o dedo em riste, contra um amuado Alex, ali, o Sr. Alicio Pena Júnior, naquele momento, nos tirou a vitória. Da arquibancada, pude escutar o Juiz gritar com veemência para Alex: “PODEM JOGAR O QUANTO QUISEREM, HOJE VOCÊS NÃO GANHAM!” Ele não quis dizer que impediria ele mesmo a vitória celeste, apenas rogou uma praga. Dessas que pegam forte. Tivesse aplicado um cartão amarelo no craque cruzeirense, teria feito menos mal à equipe.
Ferido em sua autoconfiança, já que foi humilhado em frente à sua própria torcida, Alex não foi o craque de sempre. Sentiu-se como se tivesse apanhado na frente da namorada. O soldado luta até sem um dos olhos, mas sem sua confiança, é incapaz de bater um reles tiro de meta. E o resto da equipe, sentindo os efeitos do feitiço lançado pelo insubornável, não apresentou um bom futebol, novamente.
Não ganhamos. E me sinto como se tivéssemos perdido. O melancólico empate do Galo contra o MST, digo URT, aliviou um pouco a barra.
Jussiê e Dracena, expulsos com toda a justiça, devem ser punidos de forma exemplar pela comissão técnica. Maldonado ganha cada vez mais o lugar entre os preferidos da torcida. É um verdadeiro leão no meio campo.
O jogo em si foi emocionante. Quem esteve no Magalhães Pinto assistiu a um verdadeiro combate, eletrizante até o último lance. O Cruzeiro poderia ter vencido, da mesma forma que poderia ter perdido. O jogo foi igual a uma corrida de Fórmula 1 repleta de acidentes. Quatro gols, 5 cartões vermelhos e muitos lances polêmicos. No critério técnico, o Juiz foi o pior em campo.
É impressionante o nº de faltas que faz esse time do América!
Terça feira, às 19:30, hora daqui, o campeão brasileiro enfrenta um pescador pela Libertadores. Um tal de Universidad Concepción. Espero uma vitória e nada mais.
AMÉRICA E CRUZEIRO: RESULTADO INJUSTO NO CLÁSSICO
Lesser
Bom, bom mesmo, não foi.
Eu mesmo não fui. Dormi demais e acordei às três da tarde.
Não fui ao campo, mas tenho a convicção de que o resultado de 2x2 entre América e Cruzeiro foi injusto. Por uma série de motivos.
O primeiro, e mais óbvio, é que ficar na frente no marcador por duas vezes e ceder os gols de empate é infame pra qualquer time, ainda que seja uma especialidade particular do América.
O segundo motivo é a discrepância exorbitante entre os dois times (folha de pagamento, patrocinadores, tamanho da torcida etc). Se conseguimos jogar de igual pra igual com as "estrelas" celestes, só por isso já mereceríamos a vitória (vide lógica do mais fraco).
Finalmente, a arbitragem, sobre a qual não pretendo entrar em pormenores até que consiga ver, atentamente, todos os lances nos programas esportivos de amanhã.
É bom dizer, contudo, que provisoriamente continuamos líderes (fiquemos de olho em Juiz de Fora). Além do mais, mantivemos a invencibilidade e, melhor, já jogamos com o Cruzeiro e não nos saímos mal.
Americanos, o caminho para o título está escancarado e, repito, respeitando-se as prioridades de Atlético e Cruzeiro (Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente), somos favoritos absolutos para a conquista do Mineiro, não obstante a degeneração física e mental do nosso técnico-matusalém.
Lesser
Bom, bom mesmo, não foi.
Eu mesmo não fui. Dormi demais e acordei às três da tarde.
Não fui ao campo, mas tenho a convicção de que o resultado de 2x2 entre América e Cruzeiro foi injusto. Por uma série de motivos.
O primeiro, e mais óbvio, é que ficar na frente no marcador por duas vezes e ceder os gols de empate é infame pra qualquer time, ainda que seja uma especialidade particular do América.
O segundo motivo é a discrepância exorbitante entre os dois times (folha de pagamento, patrocinadores, tamanho da torcida etc). Se conseguimos jogar de igual pra igual com as "estrelas" celestes, só por isso já mereceríamos a vitória (vide lógica do mais fraco).
Finalmente, a arbitragem, sobre a qual não pretendo entrar em pormenores até que consiga ver, atentamente, todos os lances nos programas esportivos de amanhã.
É bom dizer, contudo, que provisoriamente continuamos líderes (fiquemos de olho em Juiz de Fora). Além do mais, mantivemos a invencibilidade e, melhor, já jogamos com o Cruzeiro e não nos saímos mal.
Americanos, o caminho para o título está escancarado e, repito, respeitando-se as prioridades de Atlético e Cruzeiro (Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente), somos favoritos absolutos para a conquista do Mineiro, não obstante a degeneração física e mental do nosso técnico-matusalém.
Thursday, February 05, 2004
DAS COISAS QUE ACREDITO
Thales
Concordo com Tostão, quando uma torcida deposita toda sua esperança de sucesso na temporada exclusivamente na figura do treinador, é sinal de que as coisas tendem a não dar muito certo (claro que há excessões (vide Jair Picerni e Geninho Foge-do-Pau (no próprio Atlético), que levaram times medíocres a posições bem acima de suas possibilidades), espero que seja esse o caso do técnico Paulo Bonamigo). Acredito no trabalho de Bonamigo (que de maneira muito acertada já dispensou Edgar, o medonho), mas bem sei que ele não arrematará em gol e nem distribuirá passes na meia cancha, isso ficará a cargo dos ilustres desconhecidos por ele comandados. Se não acredito que Bonamigo será a salvação do galinheiro, em que acredito, então? Acredito na camisa do Clube Atlético Mineiro, somente ela será capaz de operar o milagre. Além de serem ilustres desconhecidos, pelo menos 10 dentre as 14 contratações do clube têm em suas feições algum traço ou indício de um leve retardo mental (o que depõe contra mas não chega a ser muito grave, basta dar uma olhada no álbum de fotografias de Rivaldo ou Ronaldinho Gaúcho), apesar disso acredito que pelo menos 3 desses novos contratados renderão bons frutos, se não como uma jabuticabeira frondosa em dezembro, ao menos como o velho limoeiro do sítio de vovô. Atleticanos, sejamos sinceros e façamos um exercício de imaginação, exceto por uns 3 jogadores, se eu tivesse voltado no tempo e lido a atual escalação do Atlético para alguns torcedores em novembro do ano passado e lhes dissesse que essa é a formação do Bangu, poucos duvidariam, o que também não acho que seja dos problemas mais sérios, haja vista que, como Cristo fez com Lázaro, o Atlético tem a tradição de ressucitar alguns defuntos em decomposição. Por isso não me preocupo, a camisa do Atlético joga por si só, vistam o time do Volta Redonda com a camisa alvi-negra e teremos, imediatamente, um time pronto a disputar os primeiros lugares de qualquer competição nacional. Nem Bonamigo, nem Mexerica, a força do Clube Atlético Mineiro está com o roupeiro.
Thales
Concordo com Tostão, quando uma torcida deposita toda sua esperança de sucesso na temporada exclusivamente na figura do treinador, é sinal de que as coisas tendem a não dar muito certo (claro que há excessões (vide Jair Picerni e Geninho Foge-do-Pau (no próprio Atlético), que levaram times medíocres a posições bem acima de suas possibilidades), espero que seja esse o caso do técnico Paulo Bonamigo). Acredito no trabalho de Bonamigo (que de maneira muito acertada já dispensou Edgar, o medonho), mas bem sei que ele não arrematará em gol e nem distribuirá passes na meia cancha, isso ficará a cargo dos ilustres desconhecidos por ele comandados. Se não acredito que Bonamigo será a salvação do galinheiro, em que acredito, então? Acredito na camisa do Clube Atlético Mineiro, somente ela será capaz de operar o milagre. Além de serem ilustres desconhecidos, pelo menos 10 dentre as 14 contratações do clube têm em suas feições algum traço ou indício de um leve retardo mental (o que depõe contra mas não chega a ser muito grave, basta dar uma olhada no álbum de fotografias de Rivaldo ou Ronaldinho Gaúcho), apesar disso acredito que pelo menos 3 desses novos contratados renderão bons frutos, se não como uma jabuticabeira frondosa em dezembro, ao menos como o velho limoeiro do sítio de vovô. Atleticanos, sejamos sinceros e façamos um exercício de imaginação, exceto por uns 3 jogadores, se eu tivesse voltado no tempo e lido a atual escalação do Atlético para alguns torcedores em novembro do ano passado e lhes dissesse que essa é a formação do Bangu, poucos duvidariam, o que também não acho que seja dos problemas mais sérios, haja vista que, como Cristo fez com Lázaro, o Atlético tem a tradição de ressucitar alguns defuntos em decomposição. Por isso não me preocupo, a camisa do Atlético joga por si só, vistam o time do Volta Redonda com a camisa alvi-negra e teremos, imediatamente, um time pronto a disputar os primeiros lugares de qualquer competição nacional. Nem Bonamigo, nem Mexerica, a força do Clube Atlético Mineiro está com o roupeiro.
Em ritmo de pré temporada, o Cruzeiro superou, pelo escore de 3x1, seu primeiro adversário pela Copa Libertadores. O futebol de passes rápidos e decisivos apresentados no ano passado só foi visto em alguns lances isolados da partida. Entre eles, destaque para a tabela que originou o penalty do 1º gol e também para a jogada do terceiro tento. Um passe de Alex a la Zidane.
Alex, que, com a peculiar categoria bateu, na gaveta, a penalidade máxima, cobrou o escanteio que resultou no gol de Felipe Melo e ainda deu a Jussiê o gol imperdível foi, disparado, o nome do jogo. Mais uma vez. Rivaldo não passou de um apagado coadjuvante.
Imagino que em dois meses o esquadrão celeste será imbatível. Mas, por enquanto comerei quieto a minha farofa, calçado com a sandália da humildade. Deixarei o júbilo e o regozijo para o momento de júbilo e regozijo.
Interessante é ir ao Estádio assistir um jogo que é transmitido, simultaneamente, para a praça. Você pode ir no bar comprar cerveja sem correr o risco de perder um gol. Devia ser sempre asssim.
A próxima vítima do campeão é o coelhinho, no sábado.
Billy, que atende eventualmente pela alcunha de Ricardo Santiago, orgulha-se de ser cruzeirense e tem motivos de sobra para achar que 2004 vai ser ainda melhor que 2003.
Alex, que, com a peculiar categoria bateu, na gaveta, a penalidade máxima, cobrou o escanteio que resultou no gol de Felipe Melo e ainda deu a Jussiê o gol imperdível foi, disparado, o nome do jogo. Mais uma vez. Rivaldo não passou de um apagado coadjuvante.
Imagino que em dois meses o esquadrão celeste será imbatível. Mas, por enquanto comerei quieto a minha farofa, calçado com a sandália da humildade. Deixarei o júbilo e o regozijo para o momento de júbilo e regozijo.
Interessante é ir ao Estádio assistir um jogo que é transmitido, simultaneamente, para a praça. Você pode ir no bar comprar cerveja sem correr o risco de perder um gol. Devia ser sempre asssim.
A próxima vítima do campeão é o coelhinho, no sábado.
Billy, que atende eventualmente pela alcunha de Ricardo Santiago, orgulha-se de ser cruzeirense e tem motivos de sobra para achar que 2004 vai ser ainda melhor que 2003.
RESULTADOS DE ONTEM
Libertadores da América
Cruzeiro 3x1 Caracas
Campeonato Mineiro
Vila Nova 0x1 Atlético
Lesser's Comments: Dois jogos sofríveis de se ver. No do Cruzeiro, um gol de pênalti, um no feijão total e o outro fruto da genialidade daquele careca baixinho ordinário. No do Atlético, gol de cabeça aos 41 do segundo tempo, marcado por Márcio Bergamota. Toda a minha torcida, em ambos os jogos, foi em vão.
Libertadores da América
Cruzeiro 3x1 Caracas
Campeonato Mineiro
Vila Nova 0x1 Atlético
Lesser's Comments: Dois jogos sofríveis de se ver. No do Cruzeiro, um gol de pênalti, um no feijão total e o outro fruto da genialidade daquele careca baixinho ordinário. No do Atlético, gol de cabeça aos 41 do segundo tempo, marcado por Márcio Bergamota. Toda a minha torcida, em ambos os jogos, foi em vão.
América: QUESTÃO DE PRIORIDADE E O SÁBADO POR VIR
Lesser
Defensor dos jogadores que não recebiam em dia, o técnico Gaúcho demitiu-se do América há uma semana.
A mim, a desculpa do não-pagamento não convenceu. Gaúcho demitiu-se porque percebeu, em tempo, que a diretoria mentiu. E mentiu mesmo.
Os diretores disseram a ele que a torcida do terceiro “maior” time da capital era composta por uma enorme multidão de 20 mil. Mas não mencionaram a preguiça e/ou a idade média dos torcedores.
Ao ver pouco mais de mil americanos nas primeiras partidas, Gaúcho pensou “onde é que eu fui amarrar minha égua?”, e sumiu, simplesmente.
No lugar dele, colocaram o Carlos Alberto Silva que, por algum motivo, me dá a impressão de ter a mesma doença que o Telê Santana. Silva treme, troca as palavras e ameaça enfartar a cada vez que respira entre as frases. Daqui a pouco lhe amputam as pernas. Já vi tudo: ano de muitos atestados médicos pela frente.
Mas dane-se. Somos líderes (isolados!, invictos!, absolutos!) do campeonato. O exemplo do nosso pior resultado – o empate com o Social no Independência – foi seguido à risca pelo Atlético. E o Cruzeiro perdeu no Mienirão para o Valério Doce, naquela partida fabulosa, depois que um anãozinho de vermelho com não mais de 1,20m disparou, caiu sozinho, levantou-se, correu mais um pouquinho e sofreu falta na boca da área. Rivaldo, na barreira, não perdeu a chance de demonstrar o seu faro de gol. Golaço.
Fico pensando em termos de prioridades.
Se a prioridade do Cruzeiro é a Libertadores, e a do Atlético, a Copa do Brasil, o caminho da glória estadual está aberto para o Coelho.
Sábado jogaremos contra o time azul-calcinha. Espero que a Diretoria cruzeirense perceba que o Alex e o Rivaldo estão muito, muito cansados e com problemas familiares da pior ordem. Poupá-los é a melhor opção.
Meus pesadelos neste sentido têm um número bem específico e do qual fico tentando me esquecer: 7.
Alguém, por acaso, não se lembra?
Lesser
Defensor dos jogadores que não recebiam em dia, o técnico Gaúcho demitiu-se do América há uma semana.
A mim, a desculpa do não-pagamento não convenceu. Gaúcho demitiu-se porque percebeu, em tempo, que a diretoria mentiu. E mentiu mesmo.
Os diretores disseram a ele que a torcida do terceiro “maior” time da capital era composta por uma enorme multidão de 20 mil. Mas não mencionaram a preguiça e/ou a idade média dos torcedores.
Ao ver pouco mais de mil americanos nas primeiras partidas, Gaúcho pensou “onde é que eu fui amarrar minha égua?”, e sumiu, simplesmente.
No lugar dele, colocaram o Carlos Alberto Silva que, por algum motivo, me dá a impressão de ter a mesma doença que o Telê Santana. Silva treme, troca as palavras e ameaça enfartar a cada vez que respira entre as frases. Daqui a pouco lhe amputam as pernas. Já vi tudo: ano de muitos atestados médicos pela frente.
Mas dane-se. Somos líderes (isolados!, invictos!, absolutos!) do campeonato. O exemplo do nosso pior resultado – o empate com o Social no Independência – foi seguido à risca pelo Atlético. E o Cruzeiro perdeu no Mienirão para o Valério Doce, naquela partida fabulosa, depois que um anãozinho de vermelho com não mais de 1,20m disparou, caiu sozinho, levantou-se, correu mais um pouquinho e sofreu falta na boca da área. Rivaldo, na barreira, não perdeu a chance de demonstrar o seu faro de gol. Golaço.
Fico pensando em termos de prioridades.
Se a prioridade do Cruzeiro é a Libertadores, e a do Atlético, a Copa do Brasil, o caminho da glória estadual está aberto para o Coelho.
Sábado jogaremos contra o time azul-calcinha. Espero que a Diretoria cruzeirense perceba que o Alex e o Rivaldo estão muito, muito cansados e com problemas familiares da pior ordem. Poupá-los é a melhor opção.
Meus pesadelos neste sentido têm um número bem específico e do qual fico tentando me esquecer: 7.
Alguém, por acaso, não se lembra?