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Wednesday, May 30, 2007

Qual o problema do Cruzeiro?
Billy

Gandaia e balada?? É claro que não! Com a palavra, nosso ídolo mor, o genial Alex:

“Hoje vejo o Cruzeiro e relembro 2001, com os Perrellas se reunindo com os
jogadores, dizendo que não irão tolerar noitadas, como se isso fosse o principal
motivo dos resultados negativos. Talvez o time de 2003 foi o mais boêmio do qual
já participei. Mas aquele grupo tinha comprometimento, era um time focado com
tudo que era inerente ao futebol, do roupeiro ao presidente” (texto tirado do
site do craque).


E não poderia ser mesmo essa a culpa do fracasso. Ou será que Ronaldinho e Eto´o não se esbaldam na caliente noite de Barcelona???
O Dr. Gustavo Henrique, amigo do peito e companheiro de Mineirão (faça, chuva, frio ou goleadas contrárias) tem uma opinião diferente. “O Cruzeiro contratou o goleiro da Ponte Preta, o zagueiro do Madureira, uns dois ou três jogadores do América, um centroavante do Santa Cruz e outro do Vitória-BA, o técnico do São Caetano: não pode querer muita coisa.” Concordo em grande medida com o que diz o colega, com a ressalva de que não há muita opção na praça. Hoje em dias os times da Europa, na falta de craques, vêm buscar jogadores médios. Medíocres mesmo. Em curtas palavras: se tá cheio de brasileiro perna de pau jogando na Europa, imagina os que ficaram.

Porém, a minha opinião é um pouco mais condescendente. Como sempre, aliás. O que, por outro lado, torna a solução muito mais próxima.

Acredito que falta à equipe regularidade. Se não me engano, já fazem uns 35 jogos que o Cruzeiro não repete uma escalação. E isso prejudica demais. Jogadores como Rômulo, Maicossuel e Leandro Domingues entre outros, (sei que vou ser execrado aqui) podem render muito mais, desde que ganhem confiança e ritmo de jogo. Entrosamento mesmo. Não dá pra colocar um cara na fogueira, analisar o seu desempenho numa fase ruim e sacar o neguinho do time. Esses três jogadores que citei (existem outros na mesma situação, ressalto) seriam considerados craques se estivessem sendo comandados por treinadores de verdade como o Luxemburgo ou o Felipão.

Acho que até o Araújo vem sofrendo com isso. Cada dia é um companheiro de ataque, com um armador diferente, com laterais diferentes, prejudicando o desempenho do atacante.

E mais um comentário que, ao menos para mim, é pertinente. A equipe caiu de produção no exato momento em que Marcinho se contundiu, o que também coincidiu com a queda de produção do Gabriel, que acabou pagando o pato.
E não adianta. Não existe solução em prateleira de supermercado. E nem no mercado do futebol. Não é um ou outro jogador que, se vier, vai salvar o Cruzeiro.

Conclusão. A solução para o Cruzeiro está aqui mesmo. Tem que estar. O plantel não é bom, ok. Mas não é muito pior que o da maioria das equipes do campeonato. A coisa está nivelada muito por baixo, não há dúvida.

Ousadia muito bem vinda será manter a mesma escalação por 10 rodadas seguidas no mínimo, com alterações pontuais decorrentes de contusão e suspensão. Aí sim, poderemos esperar uma melhora no rendimento. E mesmo assim será difícil. Do contrário, a alternância entre altos, baixos e abissais vai continuar.

Monday, May 21, 2007

APENAS O INÍCIO
Thales

Prefiro não comentar o jogo da volta contra o Botafogo pela Copa do Brasil, uma vez que os outros dois(?) ilustres colaboradores nada têm a ver com o eventual processo que a página poderia sofrer por parte do senhor Carlos Eugênio Simon, que, inclusive, deve ser um pai de família (só espero, do fundo do meu ser, que ele não crie os filhos da mesma maneira que apita partidas de futebol).

Depois de uma maratona etílica dos diabos, não tive forças para ir ao Mineirão acompanhar a partida inaugural do Atlético pelo Brasileiro. Vi pela tv e não gostei do que vi. Ainda que se diga que o Náutico é um time arrumadinho, que eliminou o Corinthians da Copa do Brasil (big deal, pfff) e conquistou três pontos contra o São Paulo, nada disso justifica o fraco futebol apresentado.

Não pude assistir a “revanche” entre Atlético e Botafogo. Fui ao Mineirão assistir Cruzeiro x Corinthians. O Renato está morando em Teófilo Ottoni e passa férias em BH, ou seja, não sabe o que é ir ao Mineirão desde março ou fevereiro. Como o distinto cruzeirense com quem divido minha cadeira cativa estava viajando, prometi que daria ao Renato meu tíquete, assim ele poderia ir com o Billy ao campo. Então ele me liga 2 da tarde:

- E aí, velho, vam’ pro campo?
- Hahahahaha. Passa aqui que horas pra pegar a cativa?
- É sério, anima aí...
- Renato, meu time joga no Rio. Tv, te disse ontem.
- É que eu falei com o Billy. Ele disse que acordou mal de ressaca. E sozinho eu não tô afim de ir.
- Foda-se teu, cansei de ir pro campo sozinho esse ano.
- Porra, velho, sério mesmo, não vou ao campo desde o Mineiro, quebra o galho aí. O Billy vai me passar a cativa dele, você não vai gastar um puto.

Comovido com a fé e a determinação de meu estimado amigo, resolvi fazer a boa ação (gesto incompatível com minha pessoa, como qualquer um que me conhece pode muito bem atestar). Indo para o Mineirão o Billy telefona e nos comunica que, contra todas as forças da natureza, também está a caminho.

Chegamos atrasados. Enquanto nos deslocávamos para encontrar o Billy, o Corinthians inaugura o placar. Mal vejo o gol. Andar num estádio de futebol é uma coisa muito complicada, você quer acompanhar a contenda a medida em que caminha, ao mesmo tempo, não quer pisar no pé de uma senhora, perder o decote da vadia ou tropeçar numa caixa de picolé e cair de boca no chão. Então o sujeito passa a ver o jogo sob a ótica de lances perigosos e lances não perigosos. No lance de perigo o sujeito estaca onde estiver e assiste o complemento da jogada, no lance não perigoso o sujeito aproveita-se da situação e caminha tal qual uma estátua eqüestre. Assim que o defensor celeste domina a bola, Renato e eu, inconscientemente, definimos a jogada como “não perigosa” e prosseguimos a marcha, mais uma rápida olhada pra certificar e vejo um balaço explodir contra o ângulo de Lauro, que nada podia fazer.

Nos 35 minutos seguintes vi uma pelada sem precedentes, o Corinthians apenas se defendia e saía em contra-ataques rápidos (porém inócuos), e o Cruzeiro tentava desorganizadamente chegar à meta oposta, com menos perigo ainda que o adversário.

Antes do início do segundo tempo recebo pelo radinho a notícia do segundo gol botafoguense, marcado por Lúcio Flávio. Imediatamente retiro o fone do ouvido.

- Dois a zero?
- É...
- Rola de ouvir?
- Vai nessa.

E mais uma vez o Renato foi traído por um lance não perigoso. No momento em que a bola foi enfiada ele ia me perguntar sobre os controles do radinho, então ele pára, ainda agora posso ver sua boca entreaberta, no que o zagueiro parece tomar a frente, então ele, voltando seu olhar para o aparelho, me pergunta, “aqui? qual botão eu aperto?”, mas dessa vez estou atento e vejo o atacante corintiano se antecipar e ser calçado pelo defensor. Pênalti insofismável. No que o Renato se põe a praguejar. “Porra, é como se eu não tivesse vindo ao Mineirão, não vi o primeiro gol, não vi o lance do pênalti agora, não posso nem discutir se foi ou não”. O resto do segundo tempo foi muito semelhante ao primeiro, e o terceiro gol corintiano não passou de um mero detalhe. O Cruzeiro até foi mais incisivo na segunda etapa e poderia ter feito um gol, embora, em minha modesta opinião, todas as intervenções do arqueiro corintiano foram o que se costuma chamar de defesas “consagra goleiro”, ou seja, defesas de grande plasticidade e pouco nível de exigência.

Apenas mais três notas:

1) A continuar dessa maneira, sem qualquer padrão de jogo e sofrendo gols em jogadas “não perigosas”, o Cruzeiro será forte candidato ao rebaixamento. A boa nova, se é que há qualquer coisa boa que se dizer sobre o time estrelado, é que o técnico sacou Maicossuel e Fábio Santos no intervalo, indiscutivelmente os dois piores em campo, sinal de que ele vê o mesmo jogo que os demais presentes.

2) A torcida do Cruzeiro é INSUPORTÁVEL, inadmissível um jogador ser vaiado com menos de 10 minutos de jogo, seja ele quem for, entendo o sentimento, sei que A ou B não está sendo vaiado pelos 10 minutos, e sim pelo conjunto da obra, por toda raiva acumulada que o sujeito faz a torcida passar, mas o torcedor tem, durante os 90 minutos, a obrigação de apoiar e incentivar o time. A verdade é que o Corinthians jogou em casa ontem, nem a Gaviões teria desestruturado tão bem o time do Cruzeiro. E, por fim, uma nota sobre a Máfia Azul. Houve um começo de confusão entre essa facção organizada e uma outra intitulada T.F.C, esta última queria apoiar o time, ao passo que a Máfia apenas vaiava, até aí, opiniões divergentes, foi quando a Máfia parou de vaiar e passou a gritar “MÁFIA AZUL”, no que foi vaiada de maneira uníssona por todo o estádio. Então a Máfia iniciou o famoso grito de quando vai partir pra cima do resto da torcida, “Uh, playboy, Máfia Azul é que destrói”, nessa hora abre-se um clarão, as duas torcidas ficam de lado para o campo se encarando, realmente achei que a coisa fosse chegar às vias de fato. E aqui meu ponto, nesse momento a T.F.C começa a cantar sua tradicional música, “Vamos, vamos, Cruzeiro...”, e o resto da torcida vai no embalo, então a Máfia começa a vaiar a música, que não se propõe a outra coisa que não incentivar o time, ou seja, a Máfia vaiava o clube, a instituição, o escudo na camisa, e isso é imperdoável. Torcedor tem que torcer pra clube e não para facção organizada, se quiser torcer por organizada, que monte uma gangue no seu bairro e vá aterrorizar as cercanias.

3) O Corinthians é o próximo adversário do Atlético, são duas equipes que vivem momentos semelhantes, passam por reestruturação e apostam em jovens valores. Não creio que o Galo tenha time pra brigar por libertadores, tampouco o Corinthianas, que deixa muito a desejar, o único jogador louvável, esse sim de encher os olhos, é Marcelo Mattos. São duas equipes com elencos limitados que podem embalar no decorrer da competição, desde que ganhem confiança, não faltam valores, mas experiência e confiança. Por isso a importância do jogo de sábado para o Atlético, não deixar o Corinthians embalar e reconquistar a confiança perdida nas últimas atuações.

PS: Quanto ao trabalho de Zetti no comando da equipe, prefiro esperar, mas não vejo a contratação com bons olhos.

Monday, May 07, 2007

cruzeiro 2 x 0 galo
billy

amigos, apenas breve palavras. a verdade histórica há de ser contada pelos vencedores.

acabou sendo uma final equilibradíssima. não fosse a “intervenção bizarra” no primeiro jogo e a coisa se decidiria em meros detalhes. entenda-se por intervenção bizarra um pênalti duvidoso mas “marcável”, uma saída de bola formalmente ilegal, mas ok e um goleiro de costas (!?). Nelson invocaria o insigne “Sobrenatural de Almeida” para explicar o ocorrido.

mas melhor que tenha sido assim. Paulo, que não é o apóstolo, caiu como fruta podre. os meninos entraram e deram prova de colhões (Guilherme é uma grande promessa). e mais uma vez: que partida de Leo Silva! deixem o homem com a 10 porque caiu como luva!

por fim, uma última homenagem: verdadeiros torcedores são os cruzeirenses presentes no gigante. sem medo de sforer, sem medo de ser feliz. todos nós merecemos o selo ISO de qualidade, na categoria TORCEDOR. emocionante.

Friday, May 04, 2007

APANHADO GERAL
Thales

Preguiçoso que sou, resolvi esperar o jogo contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, para escrever algumas mal traçadas.

Não tinha a menor dúvida que o Atlético atropelaria o Cruzeiro no primeiro jogo da decisão do regional, cheguei mesmo a comentar com alguns amigos azuis que o placar da peleja seria 3x0, no que fui taxado de "atleticano" (devo dizer que acho o máximo isso, a maneira como os cruzeirenses vêem os atleticanos, qualquer nesga de otimismo por parte dos alvi-negros e logo diz-se que o sujeito é um "atleticano", como se fosse um caso de doença mental, "ah, Thales, logo você, tão ponderado, e fica aí dando uma de atleticano"), no meu caso não tratava-se de otimismo, era uma certeza. E dentro de meu "atleticanismo" tinha apenas um desejo, de que o time não humilhasse o Cruzeiro, torcia imensamente contra a queda de Paulo Autuori, queria que o homem pudesse prosseguir seu péssimo trabalho no comando da equipe da Toca pelo menos até a metade do brasileiro. Minhas preces não foram atendidas.

Em 25 anos de Mineirão, nunca antes vira, num clássico, uma derrota tão avassaladora, nem tanto pelo placar dilatado, mas por como ele foi construído. A equipe do Cruzeiro deu três chutes em gol, sendo que apenas um dos três foi uma possibilidade clara de marcar, inadmissível uma equipe profissional atentar uma única vez contra a meta adversária em final de campeonato. A entrega do time estrelado era tamanha que comecei a pensar que a torcida fosse deixar as dependências do estádio ainda no intervalo. Cheguei atrasado para o jogo, mais precisamente aos 15 do primeiro tempo, e só fui ouvir a torcida do Cruzeiro aos 20 do segundo, após uma boa jogada de Maicossuel pela esquerda. O quarto gol foi uma dessas coisas que só se vê em pelada, e mesmo assim o sujeito seria convidado a não mais retornar na semana seguinte. O lance é tão bisonho que, no momento em que Van Derley (o holandês voador) roubou a bola eu ainda comemorava o terceiro gol abraçado ao Sandor, logo que ele fintou o primeiro (e único) defensor decidiu-se por bater em gol, comecei a amaldiçoa-lo, "bate igual homem pro gol, caralho", e só então, enquanto a bola viajava lentamente rumo às redes, me dei conta que o arqueiro Fábio estava de costas pra jogada. Comemorei por força do hábito, pois tinha certeza que o juiz não validaria um lance tão absurdo, no que olhei para o ilustríssimo e este apontava em direção ao círculo central. A atitude do bom goleiro Fábio só seria superada caso ele tirasse a camisa, abaixasse o calção e defecasse no escudo do clube, fora isso não imagino um desrespeito maior para com a instituição (o ponto não é ele ser ou não bom goleiro ou profissional ou mesmo pai de família, não julgo a pessoa, mas apenas uma atitude isolada e extremamente infeliz, talvez a mais infeliz que eu tenha presenciado in loco). Não há desculpas para o feito, Araújo ter dado dois toques na saída, a bola na fogueira para o zagueiro, a outra bola ainda dentro do gol, tudo fumaça para encobrir o desleixo e a falta de respeito do número 1 celeste, coisa que, diga-se de passagem, os Perrellas são muito bons, considerando-se que o péssimo Gabiru também não foi demitido por justa causa ao chamar os torcedores do Cruzeiro de "bando de otário".

Ia falar do jogo contra o Botafogo, mas desisti. Quero falar de Tchô, não entendo a razão desse rapaz não ter um lugar na equipe. No jogo contra o Cruzeiro foi ele quem deu o lançamento primoroso para o belo gol de Danilinho, e no jogo contra o Botafogo a história se repetiu, foi a partir de sua entrada que o time passou a jogar de maneira vertical, sua técnica, inteligência e precisão são indispensáveis, sem ele o time é refém de jogadas pelos flancos (seja com o apoio dos laterais (Coelho, bom porém preguiçoso e Feltri ou Ricardinho, quase sempre horríveis), seja com jogadas de ultrapassagens feitas por Danilinho e Éder (sendo que raramente ambos se apresentam bem) e de lampejos individuais de Marcinho. Tivesse Tchô jogado os 90 minutos contra o Botafogo, certamente o Atlético teria saído vitorioso. Considerando-se que o time merceu perder quarta-feira, o empate sem gols foi o melhor resultado possível, já que o Atlético entra em campo no Maracanã jogando por dois resultados, qualquer empate com gols e a vitória, e ao Botafogo só resta a vitória.

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