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Wednesday, January 12, 2011

ANO NOVO
Thales

Gostaria de dar meu pitaco sobre dois temas que dominaram a mídia no período entre anos.

Começarei com a polêmica unificação dos títulos nacionais. Uma palhaçada sem tamanho. A verdade é que até 1967 não tínhamos um campeonato nacional, a rivalidade estava focada nos torneios regionais. E aqui não cabe a discussão acerca de rivalidade, e sim de legitimidade. Primeiramente deve-se ressaltar o fato de que nem todas as grandes equipes disputavam a Taça Brasil, apenas os campeões regionais (desde 1971 foram disputadas 40 edições do Campeonato Brasileiro, apenas em 13 o campeão nacional também foi campeão regional, ou seja 32,5% das vezes). Para se ter uma idéia, o Palmeiras, em 1960, disputou apenas quatro partidas até se sagrar campeão da Taça Brasil; o Santos, em 1961, disputou cinco partidas (sendo que ambos enfrentaram apenas duas equipes). A Taça Brasil, quando muito, e ainda assim discordo, poderia ser equiparada à Copa do Brasil. A confusão é tamanha que o Palmeiras conseguiu a proeza de ser bicampeão nacional em um só ano, uma vez que venceu a Taça Brasil e o Robertão no ano de 1967. Acredito que o Robertão tenha sido a primeira competição nacional disputada e seus campeões deveriam ser legitimados, qualquer coisa anterior a isso é mendicância politiqueira.

Em segundo lugar, quero tratar da polêmica volta de Ronaldinho Gaúcho aos relvados tupiniquins. Pela primeira vez, desde que me entendo por gente, concordo com uma declaração de Pelé, abro aspas, se ama o Grêmio, que jogue lá de graça. Poucas vezes em minha vida vi um descaso tão grande para com as cores de um clube. Concordo que Ronaldinho tenha o direito de jogar onde bem entenda, trata-se de uma decisão pessoal. O que ele não tem é o direito de brincar com o sentimento do torcedor e se colocar em leilão. Foi um canalha da pior espécie. O que ele fez com o torcedor gremista não se faz com uma puta sifilítica de 30 reais. Aliás, pela maneira como saiu em 2001, ele devia um retorno à torcida tricolor. Fernandão não retornou ao Beira-Rio, Ronaldo não atuou pelo Flamengo, mas foram dignos e corretos no trato com os torcedores de suas respectivas paixões. Fosse eu treinador do Grêmio, no primeiro jogo contra o Flamengo escalaria um jogador apenas para partir sua perna em duas metades. Nunca fui fã de Ronaldo (embora o respeite e admire de sobremaneira), Robinho ou qualquer outro candidato a rei do futebol brasileiro, Kaká nunca foi o típico jogador brasileiro, desses todos Ronaldinho foi o único que me encantou e cativou, a partir de hoje, mil vezes a puta sifilítica de 30 reais. LeBron James armou o circo, Ronaldinho fez questão de cagar no picadeiro.

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