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Thursday, November 18, 2010

As voltas que o mundo dá II
Billy

Ia colocar um comentário no texto do Thales, mas ficou grande demais e essa nova sistemática dos comments não aceitava a postagem. Ia ser mais ou menos o seguinte, com a prévia ressalva que o texto só serve como comentário ao texto anterior.

* * *

Não reuni forças para escrever nada.

No dia do jogo, me senti ultrajado. Fiquei triste como não ficava há muito tempo. Foi como disse o Elói, num mail que andou circulando aí, doeu mais que perder a final da Libertadores. Na hora foi mesmo. Agora, passadas algumas luas, já não sei mais. Aquela fatídica noite de 2009 ainda vai doer por muito tempo...

No entanto, revendo os lances, fora do calor do jogo, continuo convicto que o Cruzeiro foi prejudicado. São dois impedimentos absurdos e que foram marcados na frente do bandeirinha, isso ainda no primeiro tempo. A propósito, o Márcio Rezende de Freitas chamou atenção para o fato de que o jogador que dava condição, nos dois lances, era justamente o que estava mais perto da linha lateral do bandeirinha. Não tinha como não ver... Eu como profissional, se cometo um erro desses, tenho que pagar o prejuízo do meu bolso...

O penalti no Ronaldo é daqueles lances que existe sim uma carga do zagueiro. O atacante não caiu sozinho. Não sei dizer se é um contato normal do jogo ou não. Mas tenho certeza de que em cada jogo de futebol profissional acontecem, pelo menos, 14 lances desses. Era o caso das partidas terminarem 7x4, 9x6, por aí.

Quanto aos lances no Tiago Ribeiro, discordo do querido cronista. Vi penalti nos dois lances. No primeiro, em que ele deixa a perna para ser acertado - concordo, não dá para negar que ele foi derrubado. Ele não se jogou. Penaltis como esse são marcados todos os dias. O fato do atacante deixar ser derrubado não afasta o fato de que ele foi derrubado. Tenho certeza que você, como goleiro brilhante que é (quem é rei não perde a coroa), já reparou que o Fábio, quando sai nos pés de algum atacante, recolhe o braço, para evitar que o jogador se deixe acertar.

O segundo, então, achei ainda mais claro. O goleiro do Timão sai de forma imprudente (assim como o fez o Gil no lance do Ronaldo). Pelo replay, fica claro que o Tiago mata a bola e depois o goleiro vem e pega bola e atacante. Isso pra mim é penalti. Se fosse fora da área e um zagueiro desse um carrinho (desses que pega bola e tudo o que estiver na frente), seria marcada a falta. O fato do defensor atingir a bola primeiro não afasta o fato de que ele acertou também o atacante. O goleiro do Corinthians saiu para matar o lance. E matou com falta. Na minha modesta opinião. Ad absurdum para fins retóricos, se o zagueiro saca uma arma de fogo, atira uma única vez e acerta a bola antes de acertar o peito do atacante, é falta - e homicídio doloso, também. Alegar que pegou a bola primeiro não basta para absolver o marcador. Creio que o marcador tem que visar a bola. E não visar a bola antes de derrubar o adversário.

Quanto ao pito no Perrella, meu caro, aí a situação é a mesma de todos os 200 milhões de brasileiros que assistem incrédulos, diariamente, aos seus representantes políticos defendendo apenas os interesses pessoais, de forma desavergonhada. Cobrar coerência de gente assim é perda de tempo e de energia. E quanto a discursos atabalhoados no calor da situação, o Kalil também é reincidente. O que, obviamente, não absolve o Perrella pelo erros cometidos e muito menos pelos crimes de que é acusado.

Sunday, November 14, 2010

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ
Thales

Esperava que este texto já tivesse sido escrito pelo dr. Santiago, como ele não o fez, tomei a liberdade de fazê-lo.

Não acompanhei a partida entre Corinthians e Cruzeiro (vi alguns lances duvidosos em programas esportivos), escrevo com o intuito de fomentar um debate nos comentários.

O pênalti em Ronaldo é discutível. Pra mim não foi. Ele salta, há um choque no ar com o zagueiro e, tal qual batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão. Creio que alguns fiquem na dúvida por conta do replay em câmera lenta, mas em câmera lenta até uma garrafa de refrigerante sendo aberta assemelha-se a um vulcão em erupção, a velocidade do jogo é outra. Repito, o lance é discutível, não achei a coisa mais escandalosa do mundo, mas tenho plena convicção de que não seria marcado caso ocorresse na outra área.

Assim como também não vi pênalti em Thiago Ribeiro. Em um dos lances é clara a intenção do atacante de promover o contato. Suas passadas em direção ao gol são largas e distantes do solo, ao se aproximar do goleiro ele arrasta o pé esperando ser tocado. Preferiu a malandragem ao gol e foi devidamente castigado.

A maioria dos analistas se prende ao lance capital. Mas não é assim que uma equipe é operada. Isto se dá nas miudezas do jogo, num volante ou zagueiro indevidamente amarelado antes dos 15 minutos, em inversões sucessivas de faltas ou laterais e, sobretudo, em impedimentos “difíceis”.

Confesso que fiquei surpreso com a indignação de Fabrício e Cuca. Aliás, nunca na vida vi um jogador ter a atitude que Fabrício teve. Diga-se de passagem, caso o Cruzeiro tenha mesmo sido operado, das mais dignas.

Repito, não vi o jogo. Dos lances que vi, creio que o Cruzeiro tenha que lamentar muito mais a “malandragem” de Ribeiro e a displicência de Wellington Paulista que a atuação do árbitro.

Em tempo, quando a coisa acontece do lado alvinegro é chororô de perdedor. Perrella, amiguinho de Teixeira (que não manda na arbitragem, mas escolhe quem manda), adora aparecer nessas horas para ironizar o rival, ao invés de ser solidário e pensar que o mundo dá voltas. Que sirva de lição a todos os dirigentes que tem essa mentalidade tacanha e atrofiada.

PS: Vi o jogo contra o Corinthians na íntegra, o choro é pra lá de exagerado. Segue abaixo algumas declarações de Zezé Perrella antes e após a semifinal contra o Ipatinga (aliás, vejam o vídeo).

Antes:

“Eu fico abismado quando ele disse que, para ganhar de Cruzeiro e Atlético, tem de ser árbitro de fora, quer dizer, uma situação extremamente desagradável."

Após:

"Para mim, essa opinião é de um desequilibrado (Kalil). É uma pessoa que quer pressionar juiz, quer ganhar no grito, e o Itair (Machado, presidente do Ipatinga) tem que abrir o olho. A gente sabe como eles trabalham."

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