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Friday, September 30, 2005

VOCÊ DECIDE
Thales

A mídia brasileira, creio que não só a brasileira, mas a mídia da era globalizada tem o poder de transformar qualquer coisa séria e relevante numa reles casca de banana. Foi assim com a guerra do Iraque, que continua até hoje mas não vende mais jornal, com as diversas CPIs e agora vai sendo assim com o escândalo do apito. Há um gigantesco volume de informação circulante, mas a esmagadora maioria dessas informações são fatos requentados, pura masturbação em cima de eventos já ventilados, há uma super exposição dos fatos e consequente saturação por parte do receptor. A notícia perde seu impacto e sua importância. Eu já não aguento mais ouvir depoimentos em CPIs, assim como não consigo mais assistir um programa esportivo inteiro, se for mesa redonda então, fodeu-se.

Como estou de saco cheio do assunto, tenho uma proposta para fazer ao excelentíssimo senhor presidente do STJD (que de excelente não tem nada), Luiz Zveiter, proponho o "Você Decide do Futebol". Funcionaria assim, as emissoras detentoras dos direito de transmissão dos jogos reprisariam, nas noites de terça e quinta, cada uma das 11 partidas postas sob suspeita, a população assistiria os jogos e, após cada transmissão, as linhas telefônicas seriam abertas por um período de 3 horas para um sufrágio popular. "Se você acha que a partida entre Vasco e Figueirense deve ser realizada novamente, disque 0800-003232, se você acha que não, disque 0800-003131, participe, porque aqui, você já sabe, o final VOCÊ decide". Nada mais justo, o torcedor é quem paga o ingresso, ele é quem deveria decidir.

Apenas um comentário de algo que me chamou a atenção. Quando foi para condenar Edílson Pereira e vir a público como paladino da justiça, o senhor Del Nero (presidente da Federação Paulista de Futebol) deu as caras na tv e apareceu em todos os canais midiáticos possíveis e imagináveis, mas na hora de comentar sobre Edílson ter sido mantido no quadro de árbitros da federação, mesmo após as denúncias de 2003 (sobre a falsificação do diploma), e sobre o depoimento que cita o Marília como equipe protegida da federação, o sujeito desaparece da mídia e nos contempla com meras notas denegatórias para a imprensa, deveras curioso.

E só pra finalizar, deixo uma citação de Nelson Rodrigues, se não concordo no todo, pelo menos em parte, pois acredito que, quando uma equipe é realmente superior a outra, não há juiz que mude o resultado da contenda, que dirá de um campeonato por pontos corridos, duvido que algum juiz no mundo conseguisse tirar o título de 2003 do Cruzeiro, por exemplo. Abre aspas, "A arbitragem normal e honesta confere às partidas um tédio profundo, uma mediocridade irremediável. Só o juiz gatuno, o juiz larápio dá ao futebol uma dimensão nova e, se me permitem, shakespeariana".

Wednesday, September 28, 2005

EI, JUIZ, VAI TOMAR NO CU!
Billy

Muito bem! Acharam o mensalão mensalão no nosso futebol. Nossa glória maior, antes mesmo que a bunda, o carnaval e a taxa de juros.

Pobres de nós, amantes do futebol. O que se descobriu até agora me parece muito pouco, infelizmente. Ainda há muitos podres a serem expostos. Pensem comigo: se o Edilson Pereira de Carvalho conseguiu agir por tanto tempo influenciando o resultado das partidas e, mesmo assim, chegou ao quadro da FIFA, tudo pode ter acontecido e ainda estar acontecendo... Debaixo dos nossos bigodes.

O que antes reputávamos meros erros de arbitragem (humanos, afinal) ou mesmo ruindade dos "Robespierres", passa agora a ser suspeito. Suspeitíssimo! O Campeonato está ameaçado.

Logo agora que vinha se estabilizando a forma de disputa de pontos corrridos, com regras de rebaixamento e acesso bem aceitas.

A princípio, opino pela repetição de todos os onze jogos em que o "incorruptível" atuou. Independente de suas manifestações de ter sido incapaz de infuir no resultado. Acredito ser a melhor forma de rechaçar qualquer sombra de dúvida sobre a lisura do combate. Se o juiz era vendido, então nenhum jogo em que ele tenha apitado pode prevalecer. Vai ficar muito difícil saber se ele só tentou ou se efetivamente operou o resultado.

E aquele gesto de beijar as santinhas antes dos jogos? Será que rezava para não ser descoberto???

Quero a opinião dos confrades sobre tudo isso.

Thursday, September 08, 2005

A NOITE DE PET
Billy

Há alguns anos atrás, quando o muro Dida ainda jogava no Cruzeiro, fui ao Mineirão assistir Cruzeiro e Vitória. Um desconhecido estrangeiro chamado Petkovic (que já começava a brilhar) jogava pelo time baiano, que bateu por 2x0, com dois golaços do sérvio. Num deles, deixou o guarda redes sentado no chão e bateu por cima. Um primor.

Ontem à noite, o filme se repetiu, numa versão ainda mais trágica. Pet acabou com o jogo.

Até os 15/20 minutos de jogo, o Cruzeiro comandou e saiu na frente com um bom gol de Kelly. Aí o gringolê, que assumira sozinho o posto de dono do time após a saída de Felipe contundido, resolveu comer a grama.

No primeiro lance de efeito do craque, aplicou em Maldonado uma caneta. Em atenção ao incauto leitor eu enfatizo: Petkovic canetou Maldonado, cujo atributo maior é exatamente o tackling.

No lance seguinte, Pet dominou a bola na entrada da área, passou fácil por Maldonado, canetou o zagueiro Moisés na entrada da pequena área e, com um sutil toque por cima de Fábio, mandou para as redes. Era o gol de empate do Flu.

Fim de primeiro tempo: 1x1.

Logo de saída, Pet dominou uma bola na entrada da área, deu um corte no marcador, trazendo a bola para a canhota e disparou um canhão no ângulo de Fábio. Gol antológico no Mineirão. Daí em diante não houve mais Cruzeiro. As bolas iam entrando, entrando, entrando, até o inequívoco placar de 6x2.

Sinceramente, acho que o placar foi um pouco exagerado, mas deve servir de advertência para os comandantes do futebol do Cruzeiro, na linha do que já disse o Renato ali atrás. Dinheiro não ganha jogo e nem faz gol!

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