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Friday, April 30, 2004

Sábado, às 17:30, no Sportv: Especial "Viva Maradona".

Thursday, April 29, 2004

Futebol sem asas
Thales (mas o pontapé inicial foi dado pelo Billy)


Essa vai dar o que falar. O presidente da FIFA saiu-se com essa: o empate no futebol tem que acabar. E sugere disputa de pênaltis. Em detrimento da prorrogação. Entende o Sr. Blatter que a prorrogação jogada no jogo da volta, favorece o time quer joga em casa, já que terá mais que um jogo disputado em seu estádio.

Como se os pênaltis fossem ser cobrados em campo neutro, o jogo termina empatado no Mineirão e as equipes vão para o Independência bater as penalidades máximas, sem torcida. É estupidez propor a introdução de qualquer senso de justiça ao mais bestial, cruel e injusto dos esportes,e por isso mesmo o mais apaixonante. Se as coisas continuarem nessa toada, muito em breve vão querer mudar o nome das cobranças após o jogo para “Decisão por tiros livres”, uma vez que não houve infração para que seja aplicada a penalidade máxima.

Confesso que sou avesso a mudanças nas coisas que vão bem. O futebol é uma máquina de entretenimento e de fazer dinheiro. Alterações pontuais aqui ou acolá, ainda vai, como por exemplo, os seis segundos de reposição para o goleiro, a proibição do recuo para o mesmo (coisa que sou contra diga-se de passagem, o recuo deveria ser permitido, a cera é que deveria ser coibida; mas envergonho-me em confessar que por vezes tenho saudades do tempo em que, aos 43 minutos, o goleiro soltava a bola para zagueiro, este por sua vez esperava o atacante se aproximar e devolvia a pelota para o goleiro que se abaixava lentamente para recebê-la em seus braços como uma criança que corre trôpega em sua direção; era o máximo quando seu time vencia por um suado 1x0; e havia ainda a vontade de descer das arquibancadas e estapear o goleiro quando o time estava em situação adversa, bons tempos). E devo dizer que também sou contra o "gol de ouro" (mudança que não considero nem um pouco pontual), muito me entristece a impossibilidade de chegar a ver um jogo como a semi-final da copa de 70 entre Itália e Alemanha.

Não digo que o fim do empate seria o fim do futebol, mas é como se fosse. É o fim de um modo de se torcer e acompanhar futebol. Digo isso porque raramente um empate é apenas um empate. É delicioso sair do estádio com um empate que tem sabor de vitória, empate chorado, arrancado num escanteio aos 44 do segundo tempo. Por vezes esse empate é mais satisfatório e prazeroso que uma goleada de 4x1 sobre a URT. E nada mais frustrante e emputecedor do que sair do estádio com um empate com sabor de derrota, este eu arrisco dizer que é pior que a própria derrota.

O único empate com sabor de empate é o 0x0. É uma ofensa mortal a nós apaixonados. Mesmo que o jogo seja bom, fica faltando o café com creme do final. A inoperância para com o momento maior deve sempre ser recebida com vaias, fúnebres e sonoras. Eu aplaudiria uma derrota mas não aplaudiria um 0x0, pois não é o time do coração que se vaia, e sim o lamentável espetáculo de equívocos.

Por fim o sr. Blatter diz, "cada partida deve ter um ganhador”, mais equivocado que bêbado em banheiro feminino. É isso que torna o futebol único, a possibilidade do não-vencedor, é o único dentre todos os esportes no mundo em que há o empate. Tirar isso do futebol seria o mesmo que tirar as asas de um anjo.

Tuesday, April 27, 2004

DE VOLTA AO INDEPENDÊNCIA
Billy

Nesta quarta-feira, o campeão brasileiro enfrenta o Criciúma no Horto, pela 3ª rodada do campeonato. Como não poderia deixar de ser, estarei lá. Adoro assistir jogos no Independência. Não que eu não goste do Mineirão. Gosto muito. Passei no Gigante da Pampulha as maiores alegrias futebolísticas da minha vida.

É que o Independência nos faz sentir muito mais do que meros espectadores. Chego a pensar que sou parte do jogo e que a minha presença é fundamental ao deslinde da partida. Dá pra xingar e o sujeito te escutar; dá pra comemorar o gol com a cara amassada no alambrado, perto dos ídolos como Alex (que não vai jogar porque vai ficar 90 minutos no banco num amistoso estúpido da seleção brasileira contra a Hungria) e Maldonado (que não vai jogar por causa um amistoso estúpido do Chile contra o Peru). Como se não fosse suficiente, ainda dá pra ouvir o barulho da bola sendo chutada (tum!). Se estiver perto das balizas, então, é possível escutar o barulho do estufar na rede (tchuff!). E o mais incrível, o que pode parecer loucura mas não é, dá pra escutar o barulho da bola rolando na grama verde do campo (tsssss!).

Se não tivesse nada disso, teria o bolinho de feijão.

Espero que o PC Gusmão se acerte com o time. Já mostrou que é um técnico que inova e arrisca, o que nem sempre dá certo. Mesmo sem os principais jogadores, (Alex e Maldonado), o Cruzeiro pode e deve vencer o Criciúma.

Monday, April 19, 2004

BI-CAMPEÃO MINEIRO!!!
Billy

Foi suado, mas o Cruzeiro é o campeão mineiro. Andaram dizendo que o time nem se classificaria. E realmente não foi fácil como o Campeonato Mineiro do ano passado, qualquer um sabe disso.

Não sou diferente e devo fazer uma confissão: houve um momento do jogo em que minha vacilou. A ausência de Maldonado afetou a equipe, que perdeu a garra e, via de conseqüência, o duelo da meia cancha. Alex, marcado de perto pelo Hélcio, não brilhou e o ataque ficou prejudicado com a saída de Schwenck, que já não vinha bem, para a entrada do Batatais, naturalmente, para recompor a defesa após a justa expulsão do Cris. E o Galo ia pressionando, sem muita qualidade, é verdade, mas estava lá, rondando a área de São Gomes, nosso padroeiro. PC Gusmão errou ao deixar o time recuar tanto, dando campo para o Atlético jogar. Foi um verdadeiro sufoco.

Disse que Alex não brilhou e já retifico: não brilhou (nem digo que tenha jogado mal, apenas não correspondeu à ENORME expectativa que se cria em torno dele) exceto por dois lances simplesmente geniais. No primeiro, estava com a bola no meio campo cercado por três peões atleticanos e, com um talento incrível, desvencilhou-se dos três e teria partido em rumo do ataque, não fosse parado por uma falta desqualificante do seu marcador. O segundo lance genial seria o gol de placa por excelência. Alex fez um carnaval na defesa do Galo, driblou TODOS que estavam à sua frente e faria o gol do campeonato, não estivesse frente a frente com o azar em pessoa. Por um capricho dos Deuses do futebol, a bola não entrou.

O apito final foi um doce alívio. Um sopro de Deus sobre a torcida celeste, que sofreu como nunca e compareceu como nunca, anotando uma esmagadora maioria no Mineirão. Poucas vezes um jogo demorou tanto pra acabar. Mas acabou. Daí em diante era só comemorar mais um título. Torcida adversária indo embora, chope, festa, buzinaço, Alex levantando a taça, enfim, o de sempre pra nós cruzeirenses.

Nada mais equivocado.

Começa a batalha campal iniciada por uma irresponsável, porém normal provocação do zagueiro Cris seguida de uma desmedida, exagerada e irracional reação do goleiro Eduardo. Este rapaz merecia ser enjaulado junto aos tigres, guepardos e ursos. Esportista ele não é, disso eu tenho certeza. Daí em diante já não dá nem pra ver quem está brigando, tamanha a confusão instalada. Lamentável mesmo. Uma pena que a violência ofusque a festa do futebol. Não gostaria nem de abordar o assunto, por achar que se trata de tema para um blogue sobre ocorrências policiais. Mas não poderia me furtar a estes poucos comentários. E sou da opinião do Renato quanto a ganhar e perder: Perdeu o jogo? Vestiário calado!

Por fim, destaco que não gosto de dizer as coisas do futebol, me valendo da primeira pessoa do plural, como se eu fosse um dos jogadores. Algo do tipo: fomos campeões, ou ainda, vencemos mas não levamos. Se o fiz (e com certeza farei mais vezes) foi por mera desatenção e capricho, eventualmente. Mas há, como sempre, um porém. Existem situações em que torcida e time se fundem numa grande MASSA. E em razão da palhaçada aprontada pelo Sr. arqueiro adversário, tenho certeza que cada um de nós, torcedores cruzeirenses, além de ter completado a volta olímpica com o time, talvez até mais intensamente, gostaria de ter dado uns bons sopapos no falastrão goleiro Eduardo, de modo que , meus amigos, mais do que nunca, posso dizer no melhor plural: O RURALITO É NOSSO DE NOVO!!! SOMOS BI-CAMPEÕES!!!




Tuesday, April 13, 2004

O gol no hino

Billy

Vou tratar de ser humilde e breve. Humilde porque o Cruzeiro não ganhou nada ainda. Festejemos a vitória, mas não comemoremos o título por antecipação. Isso dá um azar danado. Sei que o time do Galo é ruim. Péssimo mesmo. Ainda assim, o Cruzeiro já perdeu para o próprio e para times piores esse ano. E serei breve porque quase tudo já foi dito sobre o jogo, seja no blogue, seja nos comentários.

No meu humilde sentir, o mais importante foi o gol no hino.

Na hora da cobrança da falta que originou o gol de empate do Cruzeiro, a massa atleticana cantava seu maior estandarte, o hino do clube. Um bordão que, normalmente, levanta a equipe e incendeia o jogo. Ontem não. O gol no hino desmoralizou time e torcida. Foi sem dúvida, um dos momentos cruciais da partida.

E depois Jussiê, tão criticado, fez por enterrar de vez o Galo, com dois gols de muito oportunismo.

Agora é esperar o próximo jogo para ver no que dá. Sou mais Cruzeiro.

O TERCEIRO GOL
Thales

Ontem não tive aula. E logo de cara no corredor já me deparo com a figura de Carlos Renato. O assunto, claro, não poderia ser outro que o clássico do dia anterior.

É impressionante como a discussão de futebol não se esgota em hipótese alguma. Poderíamos falar do jogo durante doze horas, ou mais ainda. Destaques (positivos e negativos), o por quê de terem sido eleitos destaques (positivos e negativos), os que não jogaram nem bem e nem mal, tamanho da torcida, comportamento da torcida (estando em maior número ou menor número), gols do jogo, momento da partida em que aconteceram, comentários sobre a participação individual de cada um dos envolvidos nos gols, gols perdidos, como a mídia viu o jogo e cada um dos acontecimentos já debatidos minunciosamente, esquema tático (acertos e erros - bem como a variação espaço-temporal), substituições, se o Zé Luis é ou não um macaco, dentre outros tantos pontos. E mais importante de tudo, cada um dos aspectos esmiuçados tem uma prerrogativa elementar, a possibilidade do sujeito lançar mão da seguinte frase, “Eu fui num clássico uma vez, acho que em...” (a data quase nunca é precisa, pode-se seguir um debate sobre a data caso ambos tenham ido ao jogo), a discussão tende ao infinito. Sempre. Ainda que se concorde em tudo.

Encerrado um dos temas. Eis que o Renato se vira e diz:
- E o terceiro gol!? – dou um tapa na perna e grito qualquer coisa, ele se põe a rir. Aqui explico, domingo saí com o Billy e passamos pelo mesmo processo laborioso, mas discordamos quanto ao terceiro gol. Achei que foi muito mais demérito da zaga que mérito do ataque, e não me conformei com a posição do Billy.
- O Luis Alberto deixou o cara chutar, praticamente saiu da bola, marcou o Jussiê de lado, é brincadeira – eis que o Renato ri mais ainda e solta a pérola.
- Ele passou liso pelo Adriano. E o Luis Alberto parecia que tava jogando pelada de menino – com voz de emputecido em pelada - “Adriano, você não vai marcar, não? Deixa ocê. Então também não, vou deixar fazer. Bem feito.”
Quando o Renato disse isso ele descreveu exatamente a sensação que eu tive ao ver o lance. Foi o gol que eu mais fiquei puto, esse me tirou do sério (o do Carlinhos vá lá, era o Carlinhos). Agora, o último homem da zaga, de frente (de lado, na verdade) pro atacante, que tem a bola em posição de arremate, e o cidadão não marca, nem chega a esticar a perna. Pelada de menino. "Gente, sem avacalhar domingo que vem, por favor, senão eu vou apelar."

PS: Se o Renato deu a palavra final no episódio do terceiro gol, o Billy deu no lance envolvendo Zé Luis e Maldonado (sou da opinião que Maldonado falou, mas não poderia concordar mais com o Billy), "O Maldonado poderia até ser preso por isso, mas jamais expulso de campo". Sensato e muito bem colocado.

Monday, April 12, 2004

O Carrinho de Alex
Thales

Como todos devem saber, ontem foi o primeiro round da luta pelo título do mineiro de 2004.

Logo que foi dada a saída tive poucas dúvidas quanto à vitória do Cruzeiro, o time vibrava em campo e disputava cada bola com a disposição de quem luta pela própria vida, há uma frase de Nelson Rodrigues que diz, “Quem ganha e perde as partidas é a alma.”, é isso, o Cruzeiro tinha alma, ao contrário do Atlético, ontem, se qualquer um dos onze que correu de branco e preto tivesse adentrado uma igreja, automaticamente todos os lustres teriam despencado do teto, onze anticristos. Os primeiros 7 minutos foram um verdadeiro massacre.

E minhas poucas dúvidas sobre a vitória do Cruzeiro se dissiparam aos 5 minutos, quando num lance na lateral do campo, aparentemente irrelevante para o desenrolar dos eventos, Alex dá um carrinho perfeito e rouba a bola de um excomungado qualquer. Senhoras e senhores, o craque da camisa 10 azul está dando carrinhos na lateral do campo, e quando Alex tem nos olhos a expressão de um possuído faz chover até sapos. Nem mesmo o gol de Alex Mineiro fez mais incerta minha certeza. Até os 35 o Cruzeiro sobrou em campo e poderia ter saído com um placar ainda mais elástico que os 3 a 1. Eu, se fosse o cidadão que fica pertinho do gramado berrando instruções, teria fechado o time e tentado levar o 2x1 para o vestiário.

O segundo tempo foi um típico Cruzeiro e Atlético, futebol de dar sono em cego, um jogo truncado e de pouca luminosidade. Bem verdade que não seria de todo injusto que o Atlético fizesse mais um gol na segunda etapa, mas o resultado final ilustrou bem o que foi o jogo.

Ainda há mais 90 minutos e confio na inteligência de Bonamigo para reverter a situação desfavorável, mas que não chega ser desesperadora, desde que Alex não dê carrinhos na lateral.

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