Tuesday, July 19, 2005
AMÉRICA PRESTES A ESTREAR
Lessa
Há uma comoção generalizada em razão da iminente estréia do América na Série C.
Como se sabe, o time é bom em estréias.
E só nelas.
Ano passado, quando estreou na Série B, ganhou de 4x0 do Vila Nova-GO e encantou a torcida. Mais tarde, caiu de produção e foi melancolicamente rebaixado mesmo depois de distribuir dez belos empregos no último jogo, contra o CRB.
Quando jogou na Série A pela derradeira vez, o América fez um belo início de campeonato e chegou a estar mais bem colocado do que os dois outros times mineiros na competição. Com o passar do tempo, a inevitável derrocada jogou-o para o fim da tabela e caímos, como de costume.
Este ano estamos num grupo dificílimo, com Volta Redonda, Cabofriense e Vila Nova-MG. É engraçado dizer que o grupo é dificílimo, mas é a pura verdade. Ambos os times fluminenses vêm de belas atuações no campeonato estadual e devem dar um enorme trabalho ao Coelho. E o Vila Nova já demonstrou, por A + B, que tem mais time que a gente.
Também é engraçado dizer que o clube precisa do apoio da torcida, que luta para amealhar mais de 1000 indivíduos por jogo. Eu, particularmente, tenho buscado reforços atleticanos e cruzeirenses para integrar a massa americana.
Enfim, tudo no América é engraçado. Até o bolinho de feijão servido no estádio é engraçado. Se o jogo de estréia for tão engraçado quanto aquele contra o Marília no ano passado, tanto melhor. O América virou uma espécie de clown futebolístico. Sua competência passou a ser medida em termos de gargalhadas, e o preço de dez reais não é mais do que aquilo que você pagaria para ver os elefantes de um circo sergipano.
Desejo muita sorte ao América, à Diretoria e aos jogadores, e sugiro que, para manter a qualidade das estréias, o time deva tentar, acima de tudo, ser engraçado, eis que ninguém no mundo acredita ser possível o retorno à Série B através do bom futebol.
Vamos dar piruetas, cair no chão de forma espalhafatosa, jogar com duas bolas em campo, atingir o bandeirinha com um carrinho macabro, fazer show pirotécnico com fogos de péssima qualidade que espalham pedaços de papelão pelo gramado. É isso: o América deve ser como a ex-namorada – depois de um tempo, você se permite achá-la ridícula e começa a curtir cada pequeno defeito dela.
Lessa
Há uma comoção generalizada em razão da iminente estréia do América na Série C.
Como se sabe, o time é bom em estréias.
E só nelas.
Ano passado, quando estreou na Série B, ganhou de 4x0 do Vila Nova-GO e encantou a torcida. Mais tarde, caiu de produção e foi melancolicamente rebaixado mesmo depois de distribuir dez belos empregos no último jogo, contra o CRB.
Quando jogou na Série A pela derradeira vez, o América fez um belo início de campeonato e chegou a estar mais bem colocado do que os dois outros times mineiros na competição. Com o passar do tempo, a inevitável derrocada jogou-o para o fim da tabela e caímos, como de costume.
Este ano estamos num grupo dificílimo, com Volta Redonda, Cabofriense e Vila Nova-MG. É engraçado dizer que o grupo é dificílimo, mas é a pura verdade. Ambos os times fluminenses vêm de belas atuações no campeonato estadual e devem dar um enorme trabalho ao Coelho. E o Vila Nova já demonstrou, por A + B, que tem mais time que a gente.
Também é engraçado dizer que o clube precisa do apoio da torcida, que luta para amealhar mais de 1000 indivíduos por jogo. Eu, particularmente, tenho buscado reforços atleticanos e cruzeirenses para integrar a massa americana.
Enfim, tudo no América é engraçado. Até o bolinho de feijão servido no estádio é engraçado. Se o jogo de estréia for tão engraçado quanto aquele contra o Marília no ano passado, tanto melhor. O América virou uma espécie de clown futebolístico. Sua competência passou a ser medida em termos de gargalhadas, e o preço de dez reais não é mais do que aquilo que você pagaria para ver os elefantes de um circo sergipano.
Desejo muita sorte ao América, à Diretoria e aos jogadores, e sugiro que, para manter a qualidade das estréias, o time deva tentar, acima de tudo, ser engraçado, eis que ninguém no mundo acredita ser possível o retorno à Série B através do bom futebol.
Vamos dar piruetas, cair no chão de forma espalhafatosa, jogar com duas bolas em campo, atingir o bandeirinha com um carrinho macabro, fazer show pirotécnico com fogos de péssima qualidade que espalham pedaços de papelão pelo gramado. É isso: o América deve ser como a ex-namorada – depois de um tempo, você se permite achá-la ridícula e começa a curtir cada pequeno defeito dela.
Monday, July 18, 2005
PIOR NÃO PODE FICAR, OU, UMA LANTERNA NO FIM DO TÚNEL, OU, Ó E AGORA QUEM PODERÁ NOS DEFENDER?
Thales
Confesso aos senhores leitores que nem sei por onde começar.
Assim sendo, partirei do óbvio.
Lendo o caderno de esportes de um jornal de São Paulo (em que há uma nota do colunista Mauro Betting sobre o blog das meninas, link ao lado "filial", e por tabela do nosso blog, no que agradeço a gentileza do jornalista) me deparei com os números do Datafolha. Em se trantando de futebol, não acredito em números. Nada me revolta mais do que, por exemplo, ouvir o Galvão Bueno dizer durante uma transmissão que o Brasil não vence a seleção holandesa, na Holanda, há 36 anos, ou o equivalente a 3 jogos. Mas enfim, nos tais números pude constatar que, após 12 rodadas, o Clube Atlético Mineiro é a terceira equipe que mais chuta em gol em todo certame, com uma média de 16,5 disparos por partida. Multiplicando-se 16,5 por 12, chega-se a impressionante marca de 198 chutes em gol. Sendo que apenas 17 vezes a bola entrou na casinha. Estatisticamente RIDÍCULO o aproveitamento da equipe.
Fábio Júnior pode não ser o único culpado, mas, sem qualquer margem para dúvidas, é o principal vilão (desde a saída de Euller). O camisa 9 de qualquer equipe tem a responsabilidade, não raro exclusiva, de marcar gols, e eles não têm ocorrido. Ao longo de vários anos acompanhando futebol descobri que, diante dos goleiros, os bons centroavantes se divedem em duas categorias. A primeira categoria reúne goleadores que definem as jogadas de maneira sutil, um verdadeiro tapa de luvas nas redes adversárias, nesta categoria temos jogadores como Reinaldo, Romário, Raúl Madrid e tantos outros. A segunda categoria abrange o que eu costumo chamar de centroavantes viscerais, dentre os quais o maior expoente é Gabriel Omar Batistuta, na atualidade ainda há Schevchenko, Adriano e o próprio Fred, são goleadores que fuzilam de maneira inapelável, quase raivosa, quando na frente do gol. Fábio Júnior não pertence a nenhuma dessas categorias, entre a falta de convicção no arremate e a inaptidão em fintar o goleiro, acaba por tropeçar nas próprias pernas. MAIS UMA VEZ foi assim no último fim de semana, não fosse Marques, o primeiro gol contra o homônimo paranaense não teria ocorrido. No clássico da semana anterior (em que ele até atuou bem), teve a chance de definir o jogo, quando este estava 1x0 a nosso favor, ao receber uma bola cara a cara com Fábio (arqueiro do Cruzeiro), mas faltou competência para concluir o lance. No início da temporada, Fábio Júnior tinha marcado 11 vezes em 13 jogos e, pasmem, ainda assim era sistematicamente vaiado. Questiono se não seria melhor colocar Jatobá, o cego da trama de Glória Perez, com a camisa 9 alvi-negra.
Mas para tudo há um limite, até para a deficiência de Fábio Júnior. A deficiência de Fábio esbarra na teimosia de Tite. Por pior que seja, Fábio não tem culpa de ser o Slot que é, culpado também é aquele que insiste no erro. Aquele que repetidas vezes escala o sujeito. Tite não se cansa de trocar o errado pelo duvidoso, a torcida não tem mais paciência com Ataliba e Amaral, é pedir muito que ele escale o cineasta George Lucas na lateral direita e tente arrumar a meia cancha defensiva com Walker e Zé Antônio?
Com relação a Fábio, cabe ainda dizer que não acredito em jogadores que troquem o Cruzeiro pelo Atlético e vice-versa, caso único de sucesso no futebol mineiro é Nelinho, que vestiu ambas camisas com igual eficiência, assim como não acredito em jogadores com chuteiras brancas ou douradas, ou em goleiros que joguem de mangas curtas ou calças compridas (a excessão de Zetti).
Por fim, Fábio Baiano, dizem que veio para colocar ordem no meio campo. Duvideodó. Ainda não vi sequer uma boa partida dele com a camisa alvi-negra. Aliás, sou contra qualquer jogador que leve Baiano no nome, posso citar Júnior Baiano, Fernando Baiano, Baiano (do Palmeiras), não sei porque seria diferente com Fábio Baiano, que, de repente, se assumisse o Júnior e deixasse o Baiano pro centroavante, talvez as coisas melhorassem.
Thales
Confesso aos senhores leitores que nem sei por onde começar.
Assim sendo, partirei do óbvio.
Lendo o caderno de esportes de um jornal de São Paulo (em que há uma nota do colunista Mauro Betting sobre o blog das meninas, link ao lado "filial", e por tabela do nosso blog, no que agradeço a gentileza do jornalista) me deparei com os números do Datafolha. Em se trantando de futebol, não acredito em números. Nada me revolta mais do que, por exemplo, ouvir o Galvão Bueno dizer durante uma transmissão que o Brasil não vence a seleção holandesa, na Holanda, há 36 anos, ou o equivalente a 3 jogos. Mas enfim, nos tais números pude constatar que, após 12 rodadas, o Clube Atlético Mineiro é a terceira equipe que mais chuta em gol em todo certame, com uma média de 16,5 disparos por partida. Multiplicando-se 16,5 por 12, chega-se a impressionante marca de 198 chutes em gol. Sendo que apenas 17 vezes a bola entrou na casinha. Estatisticamente RIDÍCULO o aproveitamento da equipe.
Fábio Júnior pode não ser o único culpado, mas, sem qualquer margem para dúvidas, é o principal vilão (desde a saída de Euller). O camisa 9 de qualquer equipe tem a responsabilidade, não raro exclusiva, de marcar gols, e eles não têm ocorrido. Ao longo de vários anos acompanhando futebol descobri que, diante dos goleiros, os bons centroavantes se divedem em duas categorias. A primeira categoria reúne goleadores que definem as jogadas de maneira sutil, um verdadeiro tapa de luvas nas redes adversárias, nesta categoria temos jogadores como Reinaldo, Romário, Raúl Madrid e tantos outros. A segunda categoria abrange o que eu costumo chamar de centroavantes viscerais, dentre os quais o maior expoente é Gabriel Omar Batistuta, na atualidade ainda há Schevchenko, Adriano e o próprio Fred, são goleadores que fuzilam de maneira inapelável, quase raivosa, quando na frente do gol. Fábio Júnior não pertence a nenhuma dessas categorias, entre a falta de convicção no arremate e a inaptidão em fintar o goleiro, acaba por tropeçar nas próprias pernas. MAIS UMA VEZ foi assim no último fim de semana, não fosse Marques, o primeiro gol contra o homônimo paranaense não teria ocorrido. No clássico da semana anterior (em que ele até atuou bem), teve a chance de definir o jogo, quando este estava 1x0 a nosso favor, ao receber uma bola cara a cara com Fábio (arqueiro do Cruzeiro), mas faltou competência para concluir o lance. No início da temporada, Fábio Júnior tinha marcado 11 vezes em 13 jogos e, pasmem, ainda assim era sistematicamente vaiado. Questiono se não seria melhor colocar Jatobá, o cego da trama de Glória Perez, com a camisa 9 alvi-negra.
Mas para tudo há um limite, até para a deficiência de Fábio Júnior. A deficiência de Fábio esbarra na teimosia de Tite. Por pior que seja, Fábio não tem culpa de ser o Slot que é, culpado também é aquele que insiste no erro. Aquele que repetidas vezes escala o sujeito. Tite não se cansa de trocar o errado pelo duvidoso, a torcida não tem mais paciência com Ataliba e Amaral, é pedir muito que ele escale o cineasta George Lucas na lateral direita e tente arrumar a meia cancha defensiva com Walker e Zé Antônio?
Com relação a Fábio, cabe ainda dizer que não acredito em jogadores que troquem o Cruzeiro pelo Atlético e vice-versa, caso único de sucesso no futebol mineiro é Nelinho, que vestiu ambas camisas com igual eficiência, assim como não acredito em jogadores com chuteiras brancas ou douradas, ou em goleiros que joguem de mangas curtas ou calças compridas (a excessão de Zetti).
Por fim, Fábio Baiano, dizem que veio para colocar ordem no meio campo. Duvideodó. Ainda não vi sequer uma boa partida dele com a camisa alvi-negra. Aliás, sou contra qualquer jogador que leve Baiano no nome, posso citar Júnior Baiano, Fernando Baiano, Baiano (do Palmeiras), não sei porque seria diferente com Fábio Baiano, que, de repente, se assumisse o Júnior e deixasse o Baiano pro centroavante, talvez as coisas melhorassem.
Tuesday, July 05, 2005
CAIU!
Billy
Levir não é mais treinador do Cruzeiro. "The Perrellas" decidiram ouvir as queixas da torcida celeste e demitiram o treinador. Caiu como fruta podre.
Acho que já era hora.
Normalmente, advogo em favor da estabilidade no comando das equipes de futebol. Acredito que, via de regra, culpar os treinadores não adianta muita coisa. O problema é que Levir já estava treinando a equipe há quase oito meses, sem que o time mostrasse o menor padrão de jogo. O Cruzeiro não impressionou ninguém neste ano. E mais recentemente, começou a jogar como time pequeno. Aí não há paciência que aguente.
Um aviso aos rivais! A depender do resultado de domingo, no clássico das Gerais, o destino de Levir pode muito bem ser a Vila Olímpica.
P.S. sobre outro assunto: Acho um absurdo revoltante uma equipe decidir a Copa Libertadores da América fora de seu estádio. Se só cabem 20 mil pagantes na Arena da Baixada, que só tenham 20 mil espectadores para o jogo. E pronto! Obrigar a torcida a viajar para Porto Alegre é que não se pode admitir.
Billy
Levir não é mais treinador do Cruzeiro. "The Perrellas" decidiram ouvir as queixas da torcida celeste e demitiram o treinador. Caiu como fruta podre.
Acho que já era hora.
Normalmente, advogo em favor da estabilidade no comando das equipes de futebol. Acredito que, via de regra, culpar os treinadores não adianta muita coisa. O problema é que Levir já estava treinando a equipe há quase oito meses, sem que o time mostrasse o menor padrão de jogo. O Cruzeiro não impressionou ninguém neste ano. E mais recentemente, começou a jogar como time pequeno. Aí não há paciência que aguente.
Um aviso aos rivais! A depender do resultado de domingo, no clássico das Gerais, o destino de Levir pode muito bem ser a Vila Olímpica.
P.S. sobre outro assunto: Acho um absurdo revoltante uma equipe decidir a Copa Libertadores da América fora de seu estádio. Se só cabem 20 mil pagantes na Arena da Baixada, que só tenham 20 mil espectadores para o jogo. E pronto! Obrigar a torcida a viajar para Porto Alegre é que não se pode admitir.