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Thursday, July 31, 2008

O novo mais querido?

Billy

Muito se fala, por razões óbvias, das habilidades e dos méritos de Guilherme, Wagner, Fábio, Ramires e Fabrício.

Mas a verdade é que Marquinhos Paraná, o homem que desmaiou durante a sua apresentação no Cruzeiro, é um gigante polivalente e incansável, que joga muito bem, em todas as posições. Ou melhor, ainda não pude acompanhar o seu desempenho como goleiro, mas espero que o Adilson não me faça assistir a isso. O homem é um balão de oxigênio ambulante.


Preciso nos passes e implacável na LEAL marcação que desempenha, Paraná vem se tornando referência para a equipe. Já não me surpreende mais o fato de Adilson Batista nunca sacá-lo da equipe. Eu também não o faria. É o novo mais querido.


Ontem, contra o Náutico, aos 40 do segundo tempo, o pequeno notável ainda tinha fôlego para arrancar de uma intermediária à outra, conduzindo a bola em rápido contra ataque.


Paraná é como o Ringo Starr. Não aparece tanto para os holofotes, mas está sempre lá atrás segurando as pontas, para que as estrelas do time possam brilhar intensamente.


Monday, July 14, 2008

TIME DE PATO
Thales

Adílson bem que tentou, fez tudo que estava ao seu alcance para sair derrotado do clássico. Falhou.

Até os dez minutos da etapa final o Cruzeiro mandava na partida, foi quando Adílson decidiu que o empate estava de bom tamanho, substituiu um atacante por um meia-armador. Desde o início ele decidiu que ambas equipes jogariam com 10 homens, uma vez que Fabrício fora destacado para fazer a marcação individual em Petkovic. Ramires não atuava bem e Charles, sobrecarregado, abriu o bico na etapa final. Marques (que nada acrescentou ao time) substituiu Petkovic, e Fabrício colou nele, foi aí que o losango azul se desfez, pois Marques caía pela esquerda e sobrava um vazio na intermediária celeste, que era preenchido hora por Charles, hora por Ramires, o Atlético começou a dominar as ações no meio e ganhar a segunda bola. Restava ao Cruzeiro as saídas pelo lado do campo, foi quando Professor Pardal sacou Jadílson, que não apenas sobrava em campo, mas também era o desafogo do time celeste pela lateral, para entrada de Jonathan. E o time passou a se valer do expediente que até então era exclusivo da equipe alvi-negra, o bumba-meu-boi.

E faço aqui meu ponto, mais uma vez faltou competência ao Atlético para resolver a partida, não merecia vencer, assim como não mereceu vencer o Flamengo, mas teve a oportunidade e não aproveitou. Exceto pela falta de conjunto e disposição tática, não posso criticar o treinador, que sempre mexe ofensivamente na equipe, sacando um lateral e colocando um meia, e por aí vai. Pode até ser que não saiba comandar um coletivo, mas ao menos é um espectador atento.

Faltam peças. Márcio Araújo definitivamente não atravessa uma boa fase. Renan se acovardou com a perseguição da torcida, tornou-se um jogador burocrático, o que é bastante natural, uma vez que o sujeito já entra em campo com medo de errar. Mas estou convicto de que o problema do time atleticano está no ataque, finalmente a torcida começou a perder a paciência com Danilinho e a perceber o que falo aqui há mais de ano, o Pequeno Polegar só sabe driblar, não sabe passar, cruzar ou finalizar, sendo este último aspecto o mais crônico, tanto que no lance do gol, cara a cara com Fábio, optou pelo drible. Mas de todos, sem dúvida alguma, quem mais irrita é Eduardo. Confesso que até hoje não sei se ele não sabe concluir em gol ou se bate na bola de olho fechado. Esse rapaz não sabe dominar uma bola, por vezes parece ter algum tipo de déficit cognitivo. Mas, sobretudo, fico irritado com sua atitude em campo, não raro me passa a impressão de alguém que não queria estar ali, que preferia estar passeando no shopping com a namorada ou se masturbando em casa, não se vê no sujeito um mínimo de boa vontade, verdade seja dita, Eduardo parece um maconheiro em campo.

Como bem disse o Sandor, o mascote desse time deveria ser o Pato, um animal que, voa mal, anda mal e nada mal.


Thursday, July 03, 2008

ONE MUST LOVE THE UNDERDOG
Thales


Fui assistir a final da Libertadores na casa do Lessa. Exceto pelo anfitrião, todos torciam ferrenhamente pelo underdog, ou seja, la Liga. Minutos antes da bola rolar alguém sugeriu um bolão. Não tive dúvidas, proferi em alto e bom som, "será 3x1 e o Fluminense cairá nos pênaltis" (após o triplete de Thiago Neves ainda acrescentei, "E esse rapaz vai perder um pênalti", afinal de contas não posso torcer pelo sucesso de um sujeito que faz luzes no cabelo, seria praticamente a negação do darwinismo). Sim, eu torcia pelo Maracanazo. Entre os circunstantes havia quem não quisesse o sucesso tricolor por não gostar de carioca (o que, particularmente, me parece um contra senso, considerando-se que com o título nas Laranjeiras teria-se um número muito maior de cariocas tristes, flamenguistas, vascaínos e botafoguenses), havia quem não quisesse outro clube brasileiro vencendo o torneio, enfim, de minha parte posso dizer que torci pela Liga por puro sadismo, a maior dor possível infligida ao maior número de pessoas possível. Eu queria choro, desespero, angústia, ranger de dentes e tudo mais que o torcedor tricolor possa merecer.

Explicarei aqui as diversas razões para tamanho ressentimento. Antes de mais nada, o Fluminense é um clube que até hoje deveria estar disputando a terceira divisão, o lugar do Fluminense é ao lado do América, Ituano, Cabofriense, Tuna Luso, senhor zero meia, seu lugar é com puta, com cafetão. O clube das Laranjeiras voltou à elite do futebol nacional na maior virada de mesa que esse país já viu, aliás, um torneio que tem por título "Copa João Havelange" e cujo principal organizador é o senhor Eurico Miranda só podia render goiaba bichada mesmo.

Em segundo lugar, o Fluminense não merecia o título, aliás, não merecia sequer ter chegado até a final. Foi infinitamente inferior ao São Paulo no primeiro jogo e, no segundo, achou um gol no apagar das luzes. Contra o Boca foram duas aulas de futebol, entre milagres de Fernando Mãos de Pau Henrique e finalizações bisonhas, o Fluminense, tal qual um antagonista de reality show, mais uma vez escapava da eliminação certa. O grande mérito do Flu foi se fiar no demérito alheio, e não se enganem, não há qualquer virtude nisso. Na finalíssima esteve pior nos 210 minutos, em Quito aconteceu um verdadeiro massacre, defesa do forte apache, 7x2 não seria nenhum exagero, cheguei a pensar que os jogadores fossem sair de campo escoltados por alguma ONG que zela pelos direitos humanos. No Maracanã levou bola na trave, se beneficiou de um gol mal anulado, por pouco não levou o segundo antes de marcar o primeiro e, não fosse por Luis Alberto, teria perdido a partida ainda na prorrogação. Muita cara de pau procurar desculpas no apito ou na "loteria" (Cevallos foi quem colocou essas aspas, não eu) dos pênaltis.

Por fim, devo dizer que nutro um ódio profundo e irrestrito pela figura de Renato Gaúcho, esse mesmo fanfarrão que, quando era jogador do Fluminense, disse que sairia pelado pelas ruas do Leblon caso o tricolor fosse rebaixado. Caiu e não rolou a peladeira. Agora afirmava que o Fluminense seria campeão, como bem diz o Renato (comentarista deste blog), toda soberba é digna de castigo, ou por outra, a arrogância é tamanha que Deus prefere conversar com Carlinhos Bala que com Renato Gaúcho. Isso porque trata-se de um falastrão, amigo da primeira pessoa nas vitórias e amante da terceira nas derrotas. Foi um comandante covarde, não soltou o time quando vencia de 3x1 por medo de sofrer um revés, os próprios jogadores da LDU já pareciam entregues e descrentes, o Fluminense teve UMA HORA pra marcar um gol e não se lançou heroicamente ao ataque. A covardia fica explícita no seguinte detalhe, alguém tem dúvida de que se o tricolor precisasse fazer mais um gol para levar a decisão para os pênaltis teria conseguido? E por que não buscar obstinadamente esse gol para sagrar-se campeão? Não houve uma nesga de coragem ou honradez na vitória tricolor, aliás, quem deu carrinho até em lateral foi o time da LDU, esse sim valente.

A verdade última e inapelável é que o Fluminense preferiu os aplausos do reconhecimento aos louros da vitória.


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