Tuesday, February 17, 2009
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR
(Thales)
Como geralmente acontece todos os anos, o Carrinho inicia seus trabalhos após o primeiro clássico da temporada.
Em princípio sou contra toda e qualquer chorumela apresentada por dirigentes e técnicos após os reveses. Tenho pra mim que, no mais das vezes, servem apenas para justificar os próprios erros. Salvo engano (Paulo Torres me corrija se eu estiver equivocado), o primeiro jogo da semifinal entre Atlético e Tupi no Mineiro 08 foi apitado por Alício Pena Júnior, que, ao término da partida, foi chamado de ladrão pelo então presidente Ziza Bigode Valadares. A verdade é que o Atlético, jogando no Mineirão, tem a obrigação de vencer, e bem, qualquer time do interior independente da arbitragem. Justiça foi feita e, ao fim da temporada, quem pagou o pato foi o próprio Ziza.
Mas ontem não pude deixar de dar alguma razão (ênfase no ALGUMA, Renato) ao presidente alvinegro. Dizer que Alício Pena Júnior decidiu o clássico é uma meia verdade. Léo Fortunato deveria ter sido expulso logo nos primeiros minutos. Certamente o jogo teria se desenrolado de uma outra maneira. Não satisfeito, Alício ainda expulsou Welton Felipe num lance praticamente idêntico ao do zagueiro celeste. Mais um impedimento ou outro mal assinalado e termina aí a responsabilidade do árbitro, que não foi pouca.
Mas foi Diego Tardelli, e não Alício Pena Júnior, que tentou sair driblando pela esquerda no campo de defesa e perdeu a bola para Jancarlos fazer o cruzamento preciso na cabeça de Ramires. E foi o mesmo Diego Tardelli, numa tabela digna de solteiros contra casados, quem perdeu a bola no meio campo e armou o contra-ataque que resultou na expulsão de Welton Felipe (honestamente não me recordo do lance do primeiro amarelo, se foi justo ou injusto, sei que o segundo, e consequentemente o vermelho, foi bem aplicado). Também não foi Alicio que falhou bisonhamente no segundo gol cruzeirense, aliás, Juninho, muito agradecido pelos préstimos, mas pode passar no Departamento Pessoal e seguir sua vida, não seria o primeiro e nem o último goleiro a ter o contrato abreviado devido a um clássico. Em tempo, se encontrar o Lopes no caminho, pode leva-lo consigo; Lopes é uma esfinge, anda, corre, bate na bola como um jogador de futebol, mas não é um jogador de futebol, irrita-me até quando não atua.
No frigir dos ovos posso dizer que saí menos insatisfeito que Kalil. Vi uma equipe que foi superior na primeira etapa, que apresentou indiscutíveis progressos desde a estréia vexatória contra o América, que tem perspectivas melhores que a do ano passado, e, sobretudo, diferentemente dos últimos confrontos, não merecia sair derrotada.
(Thales)
Como geralmente acontece todos os anos, o Carrinho inicia seus trabalhos após o primeiro clássico da temporada.
Em princípio sou contra toda e qualquer chorumela apresentada por dirigentes e técnicos após os reveses. Tenho pra mim que, no mais das vezes, servem apenas para justificar os próprios erros. Salvo engano (Paulo Torres me corrija se eu estiver equivocado), o primeiro jogo da semifinal entre Atlético e Tupi no Mineiro 08 foi apitado por Alício Pena Júnior, que, ao término da partida, foi chamado de ladrão pelo então presidente Ziza Bigode Valadares. A verdade é que o Atlético, jogando no Mineirão, tem a obrigação de vencer, e bem, qualquer time do interior independente da arbitragem. Justiça foi feita e, ao fim da temporada, quem pagou o pato foi o próprio Ziza.
Mas ontem não pude deixar de dar alguma razão (ênfase no ALGUMA, Renato) ao presidente alvinegro. Dizer que Alício Pena Júnior decidiu o clássico é uma meia verdade. Léo Fortunato deveria ter sido expulso logo nos primeiros minutos. Certamente o jogo teria se desenrolado de uma outra maneira. Não satisfeito, Alício ainda expulsou Welton Felipe num lance praticamente idêntico ao do zagueiro celeste. Mais um impedimento ou outro mal assinalado e termina aí a responsabilidade do árbitro, que não foi pouca.
Mas foi Diego Tardelli, e não Alício Pena Júnior, que tentou sair driblando pela esquerda no campo de defesa e perdeu a bola para Jancarlos fazer o cruzamento preciso na cabeça de Ramires. E foi o mesmo Diego Tardelli, numa tabela digna de solteiros contra casados, quem perdeu a bola no meio campo e armou o contra-ataque que resultou na expulsão de Welton Felipe (honestamente não me recordo do lance do primeiro amarelo, se foi justo ou injusto, sei que o segundo, e consequentemente o vermelho, foi bem aplicado). Também não foi Alicio que falhou bisonhamente no segundo gol cruzeirense, aliás, Juninho, muito agradecido pelos préstimos, mas pode passar no Departamento Pessoal e seguir sua vida, não seria o primeiro e nem o último goleiro a ter o contrato abreviado devido a um clássico. Em tempo, se encontrar o Lopes no caminho, pode leva-lo consigo; Lopes é uma esfinge, anda, corre, bate na bola como um jogador de futebol, mas não é um jogador de futebol, irrita-me até quando não atua.
No frigir dos ovos posso dizer que saí menos insatisfeito que Kalil. Vi uma equipe que foi superior na primeira etapa, que apresentou indiscutíveis progressos desde a estréia vexatória contra o América, que tem perspectivas melhores que a do ano passado, e, sobretudo, diferentemente dos últimos confrontos, não merecia sair derrotada.