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Monday, June 22, 2009

BRASILIANAS
Thales


Dedicarei o post de hoje a algumas análises sobre o campeonato brasileiro, especialmente sobre o Atlético.

Antes de mais nada, gostaria de dar a mão a palmatória, cogitei fazer greve de fome quando o nome de Celso Roth foi anunciado em Lourdes. Porém, devo admitir que o trabalho do treinador não poderia ter um saldo mais positivo. Celso Roth 1 x 0 Thales.

Ouço dizer que a liderança do Galo é surpreendente por ser um time que possui um elenco modesto. Tal observação não é inteiramente verdadeira, o Atlético possui um elenco indiscutivelmente superior a metade das equipes que disputam o Brasileirão. Somado a isso, equipes que possuem um elenco indiscutivelmente superior ao do Galo dividem sua atenção entre Copa do Brasil e Libertadores. Antes do Brasileiro começar (mais precisamente no dia em que o Galo foi eliminado da Copa do Brasil) disse ao Lessa que o Galo ficaria entre os sete primeiros, e talvez até disputasse uma vaga pra Libertadores. Natural que nesse começo de campeonato, com torneios paralelos, o Atlético ficasse entre os quatro primeiros.

Se a liderança do Atlético, apesar da surpresa, não tem nada de absurdo, os números tem. A equipes possui 80% de aproveitamento, o melhor ataque da competição, média de 3 gols por partida longe de seus domínios, um preparo físico invejável, marcou 12 dos 17 gols na segunda etapa, saldo positivo de 10 gols, contra 1 positivo do segundo colocado (Internacional), além de ser o único invicto.

A pergunta que todos fazem é se o Galo terá fôlego para se manter no topo até o fim. Pra lá de improvável. A esperança alvi-negra chama-se “Janela de Agosto”. É quase certo que os melhores elencos do país sofrerão baixas, pode ser que as equipes fiquem mais equivalentes. Inter sem Nilmar e D’Alessandro, ou Cruzeiro sem Kléber e Ramires, não passariam a ser equipes medíocres, mas perderiam o diferencial.

Pra mim, o favorito ao título é o Corinthians. Seus principais jogadores, Elias e Cristian, dificilmente sairão no meio do ano, a única baixa pode ser Dentinho, que não é um jogador ordinário, mas, numa equipe coesa e com padrão definido, não chega a ser insubstituível. O Inter é fortíssimo candidato, mas o time deverá ser desmontado em agosto.

Meus favoritos ao rebaixamento são Atlético Paranaense (um time que tem Rafael Moura como destaque não pode esperar nada diferente), Náutico (eterno namorado), Avaí (creio que será o timinho dos empates e sofrerá com isso na matemática final) e Botafogo (não é o pior time do mundo, mas sofrerá a espiral descendente dos times grandes, torcedores invadindo treino, cobrança da imprensa, logo vem uma troca de treinador, que não terá culpa do material humano que tem em mãos).

Por fim gostaria de dizer algumas palavras sobre o Cruzeiro. O time TEM que ganhar a Libertadores, do contrário terá sérios problemas no restante da temporada. Em apostas utiliza-se muito “form” (que pode ser traduzido como “momento”, “forma atual” e refere-se aos seis últimos jogos de uma equipe) para análises em geral, na tabela de “form” o Cruzeiro é simplesmente o lanterna, com 4 pontos nos últimos 18 disputados. A situação da equipe é bastante similar a do Fluminense ano passado. Se chegar a final o time deverá abrir mão de pelo menos mais 4 rodadas. Caso o título não venha e Kléber seja realmente vendido, a torcida deixará de ir a campo, o time demorará várias rodadas até se reerguer, dificilmente correrá qualquer risco de cair, mas certamente não disputará a Libertadores ano que vem.

Monday, June 15, 2009

AMÉRICA É 100% NA SÉRIE C
Lessa


O América assumiu ontem a liderança de seu grupo na Série C, depois de vencer o Guaratinguetá por 2 a 0 no Independência. Sábado que vem, a equipe enfrenta seu adversário mais temido na primeira fase: o Ituiutaba. Se o futebol não melhorar consideravelmente, será difícil evitar uma derrota na Fazendinha.

Nos jogos contra Gama e Guaratinguetá, a fragilidade do time esteve evidente. A defesa, formada por jogadores com média de 36 anos, é demasiado lenta. O meio campo não cria rigorosamente nada, a despeito de emular o futebol total com um camisa 9 de segundo volante. O ataque quase sempre morre no excesso de confiança de Luciano (estranhamente considerado revelação por três anos seguidos) ou na falta de mobilidade de Euller, que de Filho do Vento só conserva o apelido.

Na partida de ontem, a principal arma do time americano foi a ignorância do técnico do Guará, que temendo não-sei-o-quê resolveu armar uma retranca para segurar o 0x0. Conseguiu fazê-lo até os 24 do segundo tempo, quando Wellington Paulo aproveitou um cruzamento para marcar de cabeça. Depois disso, o time visitante veio pra cima e quase, mas quase mesmo, conseguiu o empate. Um pênalti aos 46 do segundo tempo, cobrado por Euller, selou a vitória americana, num placar que só pode ser considerado justo pela postura covarde do Guaratinguetá.

Os destaques positivos do América foram Micão (mais uma vez, o principal zagueiro do time a despeito da inanição, do gigantismo e da inapelável falta de recursos); Preto (zagueiro que jogou na lateral esquerda e se saiu bem) e Rodrigo, que soube dar um mínimo de agilidade às jogadas americanas.

Os destaques negativos foram incontáveis. Cabe, contudo, um malho especial a Zé Eduardo, camisa 10 do Coelho. Realmente, não se pode confiar em jogadores ruivos. Quantos craques ruivos o futebol já produziu? Que eu me lembre, nenhum. Já vi craques cafuzos, indígenas, japoneses e até albinos. Biro-Biro tinha um cabelão irado, mas era louro. Valderrama parecia ruivo, mas certamente pintava (e bordava com) o cabelo.

Se o melhor jogador ruivo de todos os tempos é John Arne Riise, um lateral norueguês comprovadamente obtuso, o que justifica que a 10 do América seja outorgada a Zé Eduardo? Ontem, mais uma vez, ele foi ridículo. A bola batia nele. De craque, só a pose e a condução de bola com a parte externa do pé. Simulou faltas e errou uma centena de passes até ser substituído por Irênio, que pouco fez.

Para terminar, falemos do Independência, estádio que viu a maior zebra da história das copas. Foi, segundo se diz, o último jogo antes da reforma que lhe permitirá abrigar jogos importantes enquanto o Mineirão estiver sendo preparado para 2014. Na minha opinião, é uma pena. Gosto do Independência como está: toscão e com bolinho de feijão. Sobretudo, ir ao Mineirão para ver o futebol medíocre do América será um suplício sem nome.

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