Sunday, February 21, 2010
O texto abaixo consta do blog do Sr. Vanderlei Luxemburgo e praticamente repete a entrevista do pós-jogo. O cinismo não se sustenta. Vejam.
Não mesmo?
"Sangue na veia
Perdemos hoje um jogo onde conseguimos nos impor e comandar o ritmo da partida. Está de parabéns a minha equipe pela aplicação e determinação.
Fomos prejudicados com inexplicável distribuição de cartões e também com a anulação de um gol legítimo. Tenho criticado muito a falta de critério da arbitragem mineira nos últimos dias e espero que não esteja havendo um corporativismo para prejudicar o nosso trabalho.
O Cruzeiro não mereceu a vitória e espero que esta seja a última vez que consiga sucesso contra nós com ajuda da arbitragem.
Não gostei da maneira desrespeitosa com que parte da torcida do Cruzeiro me tratou. Acredito que mereço muito respeito por tudo que fiz lá, mesmo porque depois que eu saí nenhum título de expressão foi conquistado por eles.
Em momento algum dei uma banana aos torcedores, pelo contrário, bati no braço mostrando que aqui tem sangue na veia e dignidade profissional. Porque hoje eu sou Galo e exercerei minha função com a mesma dignidade e competência que um dia eu ofereci a eles.
Volto a enfatizar e dar os parabéns aos meus jogadores pelo empenho e pela aplicação que mostraram dentro de campo."
Não mesmo?
Friday, February 19, 2010
Sobre treinadores.
Billy
Tostão defende o ponto de vista que os treinadores são supervalorizados.
Não discordo. São supervalorizados, ganham salários irreais e desproporcionais ao retorno que promovem aos clubes. Na modesta opinião do cronista (eu, não o Tostão), senhores como Paulo Autuori, Tite, Oswaldo Oliveira, Geninho (e outros) não frequentariam a primeira divisão em hipótese alguma. Talvez sirvam aos times do Qatar, Arábia ou Cingapura. Os teóricos então, me parecem os piores (Parreira que me perdoe). Pelo menos o ex-jogador consegue sentar e conversar com o boleiro de igual pra igual, sem aquela de professor e aluno. Professor de quê? Educação física?? Achei que estávamos falando de futebol.
Mas daí a um time como o Palmeiras se dar ao luxo de dispensar, em 6 meses, os dois maiores treinadores papa títulos do Brasil, me parece demais. O nome disso é incompetência e prepotência do comando do clube. E vejam vocês que é a mesma diretoria que não segurou Kléber e nem Valdívia, se fiando em jogadores como Obina e outros ilustres desconhecidos.
É verdade, Muricy e Luxemburgo foram campeões com times que eram verdadeiras seleções. Acho, aliás, que esse fato apenas corrobora o ponto que defendo: treinadores são importantes, mas não tanto. Um bom elenco, planejamento e estabilidade são fundamentais. O treinador é uma peça da engrenagem e se desafinar, aí pode vir a atrapalhar.
Se a cada fase ruim do time, o treinador for trocado, não há planejamento que resista. Isso é coisa de time pequeno, que só enxerga até o muro do quintal.
Vejam vocês: Luxemburgo foi dispensado do Palmeiras, com a equipe bem posicionada na tabela, com chances reais de título e com vaga praticamente certa na Libertadores. A entrada de Muricy marcou a derrocada do time do Parque Antártica, que sequer segurou a quarta posição. E agora a história se repete, mas com outra paisagem. Muricy foi dispensado antes mesmo de ser testado. Se não me engano, em 2010 não foram nem dez jogos.
Agora vejam o nosso caso mineiro. O América dispensou o Marco Aurélio depois de 5 rodadas, num ano em que o América volta à segunda divisão e vai precisar, e muito, de estabilidade e experiência no comando. E lá se vai o treinador após poucas rodadas. O América deveria dar um grande "foda-se" pro campeonato mineiro e tratar de ir preparando uma equipe estável que consiga lutar pela permanência na Série B. Se trocar de treinador a cada tropeço, vai voltar pro limbo. Não tem jeito.
Imagino que a cada mudança de treinador, mude tudo num clube: horários de treino, tipo de treino, estilo de jogo, forma de cobrança, quem cobra as faltas e escanteios, quem é o capitão, comissão técnica etc. De repente, o jogador cria segurança em trabalhar com uma equipe (médico, fisiologista, preparador físico, psicólogo, árbitro consultor {é brincadeira...tema para um post próprio} etc) e no dia seguinte muda tudo. Caras novas, métodos diferentes, prazo de adaptação etc.
Ficar mudando o que deveria ser rotina não ajuda em nada. Já passou da hora dos clubes de futebol terem uma rotina própria, independente de quem seja o treinador. Quer trabalhar aqui? Então vai ter que se enquadrar no esquema do clube. Hora de chegar e de sair, inclusive. Não quer? Sinto muito, vá treinar o Flamengo ou o Vasco. Lá tem regalia, treino na praia, futivôlei.
Por isso mesmo sempre puxei o bordão do "Fica Adilson". E a escolha continua sendo acertada.
Creio que Palmeiras e América vão pagar caro pelas opções que fizeram. Pior pro o América, que não tem uma Traffic por trás, que tem um plantel que nivela com o medíocre e que ainda fez uma aposta alta demais na turma do puteiro.
Talvez fosse a hora de defendermos o ponto de vista que os cartolas é que são supervalorizados e também deveriam pagar, com o cargo, pelos erros que cometem.
Billy
Tostão defende o ponto de vista que os treinadores são supervalorizados.
Não discordo. São supervalorizados, ganham salários irreais e desproporcionais ao retorno que promovem aos clubes. Na modesta opinião do cronista (eu, não o Tostão), senhores como Paulo Autuori, Tite, Oswaldo Oliveira, Geninho (e outros) não frequentariam a primeira divisão em hipótese alguma. Talvez sirvam aos times do Qatar, Arábia ou Cingapura. Os teóricos então, me parecem os piores (Parreira que me perdoe). Pelo menos o ex-jogador consegue sentar e conversar com o boleiro de igual pra igual, sem aquela de professor e aluno. Professor de quê? Educação física?? Achei que estávamos falando de futebol.
Mas daí a um time como o Palmeiras se dar ao luxo de dispensar, em 6 meses, os dois maiores treinadores papa títulos do Brasil, me parece demais. O nome disso é incompetência e prepotência do comando do clube. E vejam vocês que é a mesma diretoria que não segurou Kléber e nem Valdívia, se fiando em jogadores como Obina e outros ilustres desconhecidos.
É verdade, Muricy e Luxemburgo foram campeões com times que eram verdadeiras seleções. Acho, aliás, que esse fato apenas corrobora o ponto que defendo: treinadores são importantes, mas não tanto. Um bom elenco, planejamento e estabilidade são fundamentais. O treinador é uma peça da engrenagem e se desafinar, aí pode vir a atrapalhar.
Se a cada fase ruim do time, o treinador for trocado, não há planejamento que resista. Isso é coisa de time pequeno, que só enxerga até o muro do quintal.
Vejam vocês: Luxemburgo foi dispensado do Palmeiras, com a equipe bem posicionada na tabela, com chances reais de título e com vaga praticamente certa na Libertadores. A entrada de Muricy marcou a derrocada do time do Parque Antártica, que sequer segurou a quarta posição. E agora a história se repete, mas com outra paisagem. Muricy foi dispensado antes mesmo de ser testado. Se não me engano, em 2010 não foram nem dez jogos.
Agora vejam o nosso caso mineiro. O América dispensou o Marco Aurélio depois de 5 rodadas, num ano em que o América volta à segunda divisão e vai precisar, e muito, de estabilidade e experiência no comando. E lá se vai o treinador após poucas rodadas. O América deveria dar um grande "foda-se" pro campeonato mineiro e tratar de ir preparando uma equipe estável que consiga lutar pela permanência na Série B. Se trocar de treinador a cada tropeço, vai voltar pro limbo. Não tem jeito.
Imagino que a cada mudança de treinador, mude tudo num clube: horários de treino, tipo de treino, estilo de jogo, forma de cobrança, quem cobra as faltas e escanteios, quem é o capitão, comissão técnica etc. De repente, o jogador cria segurança em trabalhar com uma equipe (médico, fisiologista, preparador físico, psicólogo, árbitro consultor {é brincadeira...tema para um post próprio} etc) e no dia seguinte muda tudo. Caras novas, métodos diferentes, prazo de adaptação etc.
Ficar mudando o que deveria ser rotina não ajuda em nada. Já passou da hora dos clubes de futebol terem uma rotina própria, independente de quem seja o treinador. Quer trabalhar aqui? Então vai ter que se enquadrar no esquema do clube. Hora de chegar e de sair, inclusive. Não quer? Sinto muito, vá treinar o Flamengo ou o Vasco. Lá tem regalia, treino na praia, futivôlei.
Por isso mesmo sempre puxei o bordão do "Fica Adilson". E a escolha continua sendo acertada.
Creio que Palmeiras e América vão pagar caro pelas opções que fizeram. Pior pro o América, que não tem uma Traffic por trás, que tem um plantel que nivela com o medíocre e que ainda fez uma aposta alta demais na turma do puteiro.
Talvez fosse a hora de defendermos o ponto de vista que os cartolas é que são supervalorizados e também deveriam pagar, com o cargo, pelos erros que cometem.